Vendo Você me Vendo, o olhar feminino no cinema – Parte 2

de 20 a 24/02

  • Terça a domingo
  • Sala Circuito Spcine – Lima Barreto
  • Classificação indicativa: 16 anos
  • Grátis
  • Retirada de ingressos na bilheteria física, 1h antes de cada sessão
  • Confira a programação completa abaixo

O termo olhar feminino é complexo: não existe uma definição exata, e qualquer tentativa de definir o conceito pode soar simplista e incompleta. Por isso, a melhor maneira de entendê-lo é olhando para o seu oposto: o olhar masculino. O termo olhar masculino foi ressignificado por Laura Mulvey em 1975, que o definiu como o ponto de vista de quem olha para as mulheres como objetos passivos.

Enquanto o olhar feminino é pensado para desconstruir as ideias e as convenções por trás do já estabelecido olhar masculino, os dois não são opostos. O olhar feminino não objetifica o homem, mas o representa de forma mais realista, sob a luz complexa do sentir e entender, mais do que apenas olhar.

Cèline Sciamma, diretora de “Retrato de uma jovem em chamas”, acredita que “”o olhar feminino trata principalmente de compartilhar a experiência da personagem e ter um olhar muito ativo, porque quando as mulheres são objetificadas, o olhar é sempre reativo.””

No cinema não faltam diretores homens que se arriscam a explorar a feminilidade, seja de maneira mais realista e complexa, ou abusando de estereótipos. Mas é na contramão de um cinema dominado por este olhar que as diretoras buscam explorar em protagonistas masculinos a sua visão humanizada destes personagens. São olhares que fogem das convenções e do que se espera de comportamentos padronizados, e buscam, de maneira mais poética ou realista, humanizar para além da superficialidade.

A mostra Vendo Você me Vendo, o olhar feminino no cinema traz uma série de títulos que exploram a performance e a sensibilidade masculina através do olhar feminino que subverte a relação destes corpos difundida na mídia.

Programação

20 de fevereiro – terça-feira

15h00 – Deixa a Luz do Sol Entrar (94)

17h00 – A Ilha de Bergman (113)

19h30 – Você Nunca Esteve Realmente Aqui (89´)

21 de fevereiro – quarta-feira

15h30 – Bom Trabaho (92)

17h30 – A Falta que me Faz (80) 

19h30 – Em Carne Viva (119)

22 de fevereiro – quinta

15h00 – Deixa a Luz do Sol Entrar (94)

17h00 – Marcas da Vida (113)

19h30 – Aboio (70)

23 de fevereiro – sexta

17h30 – Você Nunca Esteve Realmente Aqui (89´) 

19h30 – Bom Trabaho (92) 

24 de fevereiro – sábado

15h00 – A Ilha de Bergman (113) 

17h30 – A Falta que me Faz (80)

19h30 – Aboio (70)

Western
de Valeska Grisebach
Alemanha/Áustria, 2017, 121 min, Digital/DCP
Elenco: Meinhard Neumann, Reinhardt Wetrek, Syuleyman Alilov Letifov, Veneta Fragnova

Sinopse: “Western” é um drama sutil que segue um grupo de trabalhadores alemães em um local de construção na Bulgária. Meinhard, interpretado por Meinhard Neumann, é um dos trabalhadores alemães que começa a interagir com os moradores locais. O filme examina as complexidades das relações interculturais, explorando as tensões e a comunicação não dita entre os trabalhadores estrangeiros e a comunidade local.

Você nunca esteve realmente aqui
de Lynne Ramsay
We Were Never Really Here, Estados Unidos, 2017, 89
min, 18 anos
Elenco: Joaquin Phoenix, Ekaterina Samsonov, Alessandro Nivola

Sinopse: “We Were Never Really Here” segue Joe, um veterano traumatizado interpretado por Joaquin Phoenix, que é contratado para resgatar uma jovem desaparecida presa em uma rede de tráfico sexual. Enquanto ele mergulha profundamente no submundo sombrio da cidade de Nova York, ele enfrenta seus próprios demônios internos. O filme é uma exploração brutal e intensa da violência, redenção e empatia.

Para Ellen
de So Yong Kim
For Ellen, Estados Unidos, 2012, 94 min, 16 anos
Elenco: Paul Dano, Jon Heder, Jena Malone, Margarita Levieva

Sinopse: “For Ellen” segue a história de Joby Taylor, interpretado por Paul Dano, um músico em uma encruzilhada em sua carreira e vida pessoal. Quando ele viaja para encontrar sua filha Ellen, ele enfrenta um dilema emocional entre suas ambições musicais e seu papel como pai ausente. O filme explora temas de responsabilidade, arrependimento e reconciliação.

Bom Trabalho
de Claire Denis
Beau Travail, França, 1999, 92 min, 14 anos
Elenco: Denis Lavant, Michel Subor, Grégoire Colin

Sinopse: “Beau Travail” é uma obra-prima cinematográfica que explora a dinâmica complexa e intensa entre os membros de uma unidade de legionários estrangeiros estacionada em Djibouti. O filme segue o sargento Galoup, interpretado por Denis Lavant, cuja rígida disciplina é desafiada pela chegada de Sentain, interpretado por Grégoire Colin. Através de uma narrativa visualmente rica, Denis examina a masculinidade, a solidão e a tensão reprimida em um ambiente militar isolado.

Sala de cinema

A Falta que me faz
de Marília Rocha
Brasil, 1999, 80 min, 16anos, 35mm
Elenco: Alessandra Ribeiro, Priscila Rodrigues, Shirlene Rodrigues Ribeiro

Sinopse: Em uma cidade rodeada pela Cordilheira do Espinhaço, quatro meninas vivem o final de sua adolescência. Durante a semana, elas vivem dias de amizade, angústias e contradições, sendo que nos finais de semana se encontram nas festas de forró locais.

Aboio
de Marília Rocha
Brasil, 2007, 70 min, 35mm, livre

Sinopse: Filmado em Pernambuco, Bahia e Minas Gerais, o documentário relata um costume dos sertões brasileiros: o aboio. Percorrendo o interior do país, o longa acompanha a jornada dos últimos cultores fiéis ao canto de trabalho.

A ilha de Bergman
de Mia Hansen-Løve
Bergman Island, França, 2022, 113 min, 14 anos
Elenco: Vicky Krieps, Tim Roth, Mia Wasikowska

Sinopse: Dois cineastas americanos isolam-se na ilha de Fårö durante o verão e esperam encontrar inspiração onde Bergman filmou seus filmes mais célebres. Com o passar dos dias, os limites entre a fantasia e a realidade começam a se confundir e o casal se separa.

Marcas da Vida
de Andrea Arnold
Red Road, 2009, Reino Unido, 113 min, 16 anos
Elenco: Kate Dickie, Nathalie Press, Martin Compston

Sinopse: Jackie (Kate Dickie) trabalha como operadora dos circuitos de câmera de segurança na periferia de Glasgow. Todo dia ela foca sua atenção em um pedaço deste mundo, protegendo a todos que vivem sob seu olhar. Até que um dia um homem chamado Clyde (Tony Curran) surge em seu monitor. Jackie acreditava que jamais o veria novamente e, sem escolha, é obrigada a confrontá-lo. Só que isto faz com que ela deixe de ser uma espectadora passiva para se tornar a protagonista da história que acompanhava.

Em carne viva
de Jane Campion
In the Cut, Estados Unidos, 2003, 119 min, 18 anos
Elenco: Meg Ryan, Mark Ruffalo, Jennifer Jason Leigh

Sinopse: “In the Cut” é um thriller erótico dirigido por Jane Campion, baseado no romance homônimo de Susanna Moore. O filme segue a história de Frannie Avery, interpretada por Meg Ryan, uma professora que se envolve em um relacionamento intenso e perigoso com um detetive investigando um assassinato brutal em sua vizinhança. Enquanto o mistério se desenrola, Frannie é atraída para um mundo de desejo, segredos e violência, forçando-a a confrontar suas próprias vulnerabilidades.

Deixe a luz do sol entrar
de Claire Denis
Let the Sunshine In, 2017, França, Bélgica, 94 min, 16 anos
Elenco: Juliette Binoche, Xavier Beauvois, Philippe Katerine

Sinopse: “Let the Sunshine In” (em francês, “Un beau soleil intérieur”) é um drama romântico dirigido por Claire Denis. O filme conta a história de Isabelle, uma artista parisiense divorciada, que está em busca do amor verdadeiro. Ao longo do caminho, ela se envolve em uma série de relacionamentos complexos e muitas vezes frustrantes. O filme explora as nuances dos encontros amorosos na vida de uma mulher madura, revelando as alegrias e as dores de amar e ser amado.

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