Conheça mais sobre o Dia da Visibilidade Trans

Dia 29/1, no Brasil, é uma data destinada a promover reflexão e conscientização a respeito da cidadania de pessoas trans.

Desde 2004, o Dia da Visibilidade Trans integra o calendário brasileiro. A data rememora o lançamento oficial da campanha “Travesti e Respeito”, que ficou marcado pela entrada de 27 travestis e transexuais no Congresso Nacional. “Travesti e Respeito” visava reforçar atitudes de inclusão social a esse segmento da população, buscando conscientizar escolas, serviços de saúde e a comunidade em geral sobre vulnerabilidade implicada a essa população pelo preconceito e pela violência. A campanha foi elaborada em conjunto pelo Ministério da Saúde e por importantes lideranças do movimento trans da época, como Fernanda Benvenutty, Jovana Baby, Kátia Tapety e Keila Simpson. 

O termo trans corresponde à letra T da sigla LGBTQIA+, abrangendo as pessoas transexuais (homens e mulheres trans), travestis e não-binárias (que não se reconhecem como homens e nem como mulheres, e sim num lugar intermediário entre gêneros). Nos últimos anos houve avanço para a visibilidade e para o reconhecimento da cidadania desta população, fruto muitas vezes da luta mobilizada pelo próprio movimento, mas é fato que ainda há um longo caminho a trilhar até que as pessoas trans possam usufruir plenamente de seus direitos fundamentais no cenário da violência de gênero.

TRANSÄLIEN na Exposição TRANSvisual | Foto: Matheus Nogueira e Ton Gomes

O dia de hoje é necessário não só para reforçar o combate ao preconceito no país que lidera o ranking global de violência contra transgêneres, mas também para desvincular a associação exclusiva entre transgêneres e discriminação. O caminho para essa transformação passa não só pelo combate ao preconceito, mas também pela promoção de uma visibilidade positiva e afirmativa para as pessoas trans, de forma a divulgar referências, ouvir a voz dessa comunidade e criar conjuntamente um futuro em que cada vez mais ocupem espaços que não digam exclusivamente respeito à sua pauta. E cabe a todes nós sermos aliades nessa luta.

O Centro Cultural São Paulo se coloca como um espaço plural, democrático e de acolhimento, onde todes podem ocupar livremente sua arquitetura e programação. No dia de hoje, aproveite para acessar uma seleção de eventos e conteúdos que já realizamos com esse propósito:

>> Exposição TRANSvisual
A mostra virtual reúne produções recentes, entre fotografias e pinturas, de 12 artistas de diversas regiões do país.

>> Do Palco às Ruas
A performance convidou fotógrafes, modeles, estilistas e maquiadoras(es) para a criação de editoriais a partir do acervo histórico de figurinos do Theatro Municipal de São Paulo. Confira os highlights do evento no destaque “Making of” no Instagram do CCSP.

>> Festival MARSHA! Entra na Sala
Realizado durante a quarentena, o festival reuniu mais de 30h de performances, shows, sets de DJs, mesas de debate e atividades online numa potente programação inteiramente elaborada pela comunidade trans. Assista no YouTube do CCSP.

>> Festival Cinema em Transe – Reflexões Acerca da Identidade de Gênero
O festival teve como foco as vivências, debates e produções de atrizes, atores e diretoras(es) trans do mundo cinematográfico. Leia a matéria produzida pelo Portal FFW.

>> Panorama Inclusivo
Festival online dedicado ao fomento da produção cultural de PCDs com foco na interseccionalidade. Assista no YouTube do CCSP.

>> D-R-A-M-A QUEER
A curadoria de teatro do CCSP convidou artistas para criarem uma série de video-performances chamada D-R-A-M-A QUEER, mistura de dramaturgia com condição queer. Acesse a página do projeto.

Foto da capa: Ariel Nobre, artista e comunicador, apresenta Via Crucis na série D-R-A-M-A QUEER (divulgação)

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