30/07
- Domingo, às 15h
- Sala Lima Barreto
- Classificação indicativa: 14 anos
- Grátis
- Retirada de ingressos 1 hora antes na bilheteria
- É recomendado o uso de máscara
A construção de toda linguagem é assombrada por um fantasma — o seu próprio estatuto enquanto construção. Quando repetimos muitas vezes uma mesma palavra o sentido se vê cada vez mais separado daqueles sons, que nada possuem de natural. Os filmes reunidos aqui brincam com essa sutura, explorando o terror que surge deste deslocamento. São obras que se formam justamente a partir de uma poética da virtualidade, que não seria nada mais do que assumir que a montagem é o espírito de tudo. Usam esse princípio para projetar uma sombra sobre os acontecimentos contemporâneos no Brasil, explorando principalmente o potencial criativo e obscuro que surge da relação entre o homem e seu maquinário.
FILMES
Até o diabo da gente correu, de Lucas Honorato,
RJ, 2021, 2’
Com Lucas Honorato
Em uma tarde aparentemente qualquer, assistindo desenho, sou bombardeado por uma interferência, para um universo do qual desconheço. No meio dessa tarde abissal encontro com seres que não reconheço. Vejo em suas danças, seus sons e suas expressões algo que me incomoda e me encanta, mesmo que seus olhos me confrontem.
A Ilha, de Darks Miranda
RJ, 2022, 13’
Nos meus sonhos as telas são feitas de carne.
O Dente do Dragão, de Rafael Castanheira Parrode
GO, 2022, 27’
Ao matar o dragão, Cadmo liberou uma maldição espalhada feito pó pela cidade de Goiânia.
Machinas simples, intervenções e oscilações, de Natália Reis e Lucas Stamford
MG, 2022, 14’
Movimentos subterrâneos de reconhecimento e coleta nos arquivos do INCE e a materialização de paisagens tecnicizadas.
Eclipse, de Lucas Eskinazi
SP, 2022, 13’
Na América do Sul, a lua se torna vermelha. Em São Paulo, abaixo do eclipse, a Praça da República recebe a visita inesperada de gaivotas. Aqui, o vento dá lugar às bicicletas e já não são os peixes o bem mais precioso e sim o espelho negro. Festa é guerra.
