O Portal Vitruvius recentemente lançou em sua coluna Arquitextos o artigo Centro Cultural São Paulo: a Arquitetura Paulista Depois do Brutalismo. Escrito por Weber Schimiti, o texto explora a história do CCSP desde sua fundação em 1982, cercada pelo final da ditadura e num espírito de mudanças culturais e sociais.
Identificando a construção do CCSP dentro de um período de mudanças, tanto dentro dos novos modelos de arquitetura mundial, quanto na política cultural que vinha se desenvolvendo no Brasil na redemocratização, o autor explica o processo pelos quais os arquitetos Luiz Telles e Eurico Prado Lopes passaram na construção do Centro Cultural São Paulo.
Dentro dessas mudanças, o artigo entende a arquitetura do CCSP como uma inovação por seu distanciamento da corrente do Brutalismo Paulista, a qual Oscar Niemeyer pertencia. Esta, que segundo o autor “enfatizava o topo da construção”, não foi contemplada pelos arquitetos do novo Centro Cultural da cidade, que optaram por uma construção horizontal fazendo a integração com o “exterior e interior”.
Em uma análise detalhada do CCSP, que segundo o autor se baseia pelas diversas referências arquitetônicas do século 20, o artigo ressalta as acessibilidades: “No CCSP as circulações são elementos centrais, que definem os usos e estruturam sua expressão formal. Em comparação com as rampas da FAU USP, as do CCSP têm maior protagonismo e conferem maior dinamismo ao espaço interior.”
O artigo ainda ressalta a importância de entender a arquitetura do CCSP como um elo para se “estabelecer novos paralelos com propostas atuais e poderá servir como referência para as direções a seguir”.