14/12
terça, às 20h
- na Sala Adoniran Barbosa
- gratuito – Os ingressos estarão disponíveis na bilheteria uma hora antes do evento. Para retirá-los, será necessário apresentar o comprovante de vacina.
- classificação indicativa: Livre
Para celebrar a tradição das rodas urbanas de choro, o Centro Cultural São Paulo apresenta Roda de Choro, um evento que acontece semanalmente na Sala Adoniran Barbosa.
No dia 14/12, a roda recebe Paulo Serau com o projeto Gafieira da Saudade. O projeto resgata o espírito dos salões de baile através de um repertório autoral e de interpretações do universo do Choro – e de outros gêneros musicais brasileiros, como Samba, Bossa, entre outros.
RELEASE DO PROJETO
Paulo Serau iniciou a minha caminhada como músico profissional ainda jovem em São Paulo no final da década de 1990, onde tocava em locais como KVA, Remelexo e Projeto Equilíbrio, os berços da onda do Forró Universitário. Esses locais eram ligados à dança de ritmos nordestinos como xote, forró, baião e arrasta-pé. Posteriormente, de 2007 a 2011, foi líder da banda Gafieira na Casa, com a qual desenvolveu sua escrita musical para essa formação específica, realizando inúmeros shows e bailes em aparelhos culturais da cidade de São Paulo, como unidades do Sesc, teatros e centros culturais da Prefeitura e casas noturnas, como Ó do Borogodó. A partir daí, levou essa estética musical para outros trabalhos que realizou.
A gafieira é entendida como um local onde se pratica dança em pares, conhecida como dança de salão, sob ritmos brasileiros, como choro, maxixe, samba, forró, entre outros, e posteriormente somando ritmos estrangeiros, como bolero, tango e salsa. Os primeiros registros de gafieiras datam do início do século XX e alguns historiadores observam que o termo gafieira foi criado como um neologismo elitista para descrever que nos bailes populares eram cometidas inúmeras gafes. Picareta, cronista carnavalesco, disse em sua coluna no Jornal do Brasil, após uma visita ao Elite Clube: “aquele é um lugar da ralé, onde se cometem gafes em fieiras”, ou seja, um lugar popular onde se cometiam seguidas falhas de etiqueta. Mas o termo acabou sendo usado pelos frequentadores desses bailes de forma positiva, apagando o significado pejorativo, e se tornando designação dessa importante manifestação popular, as danças de salão. A força do termo acabou definindo também a estética da música que se toca nesses salões, como o samba de gafieira, um samba com a presença de elementos de banda, como piano, baixo, bateria e sopros (trombone, trompete e saxofone), além da tradicional formação das rodas de samba, com violões, cavaquinho, flauta e pandeiro. As gafieiras também se tornaram celeiros de bons músicos, pois nesses palcos os músicos eram obrigados a exercitar sua versatilidade e virtuosidade, tocando diversos gêneros musicais em uma mesma noite e tendo amplos espaços para improvisação.
Sobre esse pilar da tradição musical brasileira Paulo Serau prepara o álbum Gafieira da Saudade, o qual o título faz referência à tanta saudade que o atual momento de pandemia causou a tantas pessoas. O show homônimo resgata o espírito dos salões de baile através de um repertório de obras autorais que fazem reverência a mestres desse universo musical, como Paulo Moura e Cirstóvão Bastos, além de conter interpretações de obras de K-Ximbinho, Pixinguinha e outros grandes nomes. A estética musical segue baseada no universo do Choro e em outros gêneros musicais brasileiros, como Samba, Bossa, entre outros.
A programação acontecerá de acordo com os protocolos de segurança estabelecidos pelas autoridades sanitárias em prevenção à propagação do vírus da Covid 19, sendo obrigatório o uso de máscara e a manutenção do distanciamento entre os participantes.
É obrigatório o uso de máscara.
O álcool gel estará disponível no local.
Respeitar distanciamento 1,5m a 2m.