O Centro Cultural São Paulo anuncia o resultado do Edital da Semana Paulistana do Curta-Metragem 2021!
Ata do júri da Semana Paulistana do Curta-metragem de 2021
No dia 28 de novembro de 2021, às 14h, reuniu-se de forma remota através da plataforma digital google meet, o júri da Semana Paulistana do Curta-metragem para deliberar sobre a premiação do concurso.
Após discussão sobre as questões estéticas e temáticas das obras, definiu-se o seguinte resultado.
1º lugar – Airão Velho, Sayonara.
Filme que arquiteta de maneira surpreendente e fluida as fronteiras entre documentários e ficção, com personagem central enigmático e instigante. De forma poética, trabalha o minimalismo da mise-en-scène abrindo espaço ao não verbal e ao sensorial.
2º lugar – Inabitáveis
Através do hibridismo entre linguagens como a ficção e a dança, o filme constrói com delicadeza e beleza uma história de amor à arte e à resistência histórica, com um primoroso elenco e coreografia impecável que percorre os espaços urbanos em direção ao palco de teatro.
3º lugar – Castanhal
Filme espelho de uma face dolorosa de nossa história, mas que através de personagens fortes afirma a resistência improvável. Com uma montagem certeira, temas sociais, ambientais e histórias pessoais permeiam a narrativa da obra de forma contundente.
Prêmio Semana Paulistana – Pânico Vaginal
Em um cenário distópico não muito longe daqui, uma releitura potente e feminista da ultraviolência como resposta aos abusos de gênero que se perpetuam de forma estrutural. Com uma mise-en-scène permeada por humor e ironias, a performance da atriz-diretora é potência pura.
Menções Honrosas
1º lugar – Ava Kuña, Aty Kuña: mulher indígena, mulher política.
Pela importância e urgência do tema, o filme traz as vozes das mulheres indígenas que fazem ecoar a resistência e a luta.
2º lugar – Corpo Monumento
Pela relação dos corpos e das cidades, que se movem e se tangenciam num jogo poético que compõe uma coreografia forte e potente.
3º lugar – Eterni
Pela plasticidade e forma da construção da narrativa, que tece relações do universal e pessoal. Imagens que instituem uma suspensão do tempo, e buscam o paradoxo entre reter e esquecer uma memória.
4º lugar – Como Recuperar o Fôlego Gritando
Pela força e delicadeza da narrativa de um diálogo desarmado e franco, que nos apresenta uma personagem forte e potente.