Mostra Quando o palco se fez cinema

12 a 17/10

O Cinema está funcionando com 40% da capacidade. 

Quando o palco se fez cinema é uma mostra de peças-filme, linguagem que se tornou ainda mais sólida por conta do advento da pandemia do COVID-19. Em meio à crise mundial que atingiu, principalmente, a cultura brasileira, artistas cênicos se reinventam e transformam suas casas, ruas, parques em palco. Como disse Glauber Rocha, com “uma câmera na mão e uma ideia na cabeça”, o palco se faz cinema e estes conteúdos de audiovisual chegam a lugares onde talvez um espetáculo presencial demorasse a chegar.  Observando esse novo olhar teatral que flerta com o cinema, as Curadorias de Teatro e de Cinema se uniram para apresentar a mostra, onde o público presencial poderá ver os espetáculos não só em uma tela de computador, tablet ou celular mas na tela grande.

Confira as sinopses nas imagens abaixo!

sala Lima Barreto (99 lugares)

 

A bilheteria será aberta uma hora antes da primeira sessão do dia para a retirada de ingressos (consulte a programação completa das duas salas de cinema do CCSP no site Circuito Spcine). Para retirá-los, será necessário o comprovante de vacinação da primeira dose.

 

Filmes - Sinopse

Em busca de Judith

[Rio de Janeiro, Brasil, 2021, 70 minutos]
direção: Pedro Sá Moraes
com Jessica Barbosa | Dramaturgia de Jéssica Barbosa e Pedro Sá Moraes

Até os 32 anos, Jéssica Barbosa acreditava que Judith Alves Macedo, sua avó paterna, havia falecido num acidente de carro. A história que lhe era contada desde a infância ganhou uma reviravolta quando a atriz se deparou com uma fotografia num livro e ouviu um relato familiar, gatilhos que dispararam nela a busca pela história real de Judith. 

Este trabalho é fruto de 3 anos de imersão no Programa Casa B de residência artística do Museu Bispo do Rosário/Colônia Juliano Moreira – RJ.

 

classificação indicativa:  12 anos

Maria D’Apparecida: Luz Negra

[São Paulo, Brasil, 2021, 70 minutos]
direção: Luiz Fernando Marques
com Dione Carlos e Rodrigo Mercadante | Dramaturgia de Dione Carlos

Livremente inspirada na saga da cantora lírica brasileira Maria d’Apparecida, que após ser impedida de fazer carreira no Brasil, parte para a Europa tornando-se a primeira mulher negra a cantar na Ópera de Paris.

 

classificação indicativa: 12 anos

Cravo

[Rio de Janeiro, Brasil, 2021, 35 minutos]
direção: Alice Poppe e Laura Samy

Uma estrada se põe à vista no limiar entre a ficção e a realidade. Ao longe, surgem duas figuras curvadas sobre si mesmas. O avanço é inevitável. A imagem da estrada evidencia um traçado que tanto as une quanto as separa em tempos e lugares distintos. Ora o impulso de correr, ora o silêncio da verticalidade. Laura Samy e Alice Poppe revisitam figuras dos solos Dança Macabra e Máquina de Dançar, respectivamente, instigadas a tecerem novas narrativas pelo gesto em comum de debruçar-se sobre si mesma. Em Cravo, as figuras avançam lado a lado, movidas pelos sentidos de luta, sonho e memória que cada uma constrói enquanto avança.

classificação indicativa: livre

Janela 43

[São Paulo, Brasil, 2021, 35 minutos]
direção: Osmar Zampieri

com GRUA – Gentleman de Rua –Fernando Martins, Henrique Lima, Jerônimo Bittencourt, Jorge Garcia e Vinicius Francês

Tendo como interface as despudoradas janelas do Edifico Mirante do Vale, no coração de SP, o filme nos convida a acompanhar uma jornada íntima e vertiginosa do seu reencontro presencial, após um ano de isolamento e interações virtuais. Como não deixar o corpo e a vontade esmorecerem diante de um horizonte com vista para o caos? Como inventar sentidos para continuar dançando e criando arte diante da intimidação e limitação provocadas pelos acontecimentos recentes? Essas são algumas perguntas que impulsionaram o Grupo Grua para a realização  deste filme.

classificação indicativa: livre

Desfazenda – Me enterrem fora desse lugar

[São Paulo, Brasil, 2021, 60 minutos]
direção: Roberta Estrela D’Alva
com O Bonde – Ailton Barros, Filipe Celestino, Jhonny Salaberg e Marina Esteves | Dramaturgia de Lucas Moura

Segunda montagem d’O Bonde e primeiro espetáculo adulto do coletivo teatral paulista, a peça-filme Desfazenda – me enterrem fora desse lugar concentra sua ação na história dos personagens 12, 13, 23 e 40, pessoas pretas que quando crianças foram salvas da guerra por um padre branco, e vivem numa fazenda, cuidando das tarefas diárias, supervisionadas por Zero. O padre nunca sai da capela, a guerra nunca atingiu a Fazenda, e sempre que os porquês são questionados, o sino soa e tudo volta a ser como antes (quase sempre). É a primeira direção da Roberta Estrela D’Alva fora do Núcleo Bartolomeu de Depoimentos e a direção musical é da atriz, compositora e DJ Dani Nega.

 

classificação indicativa: 12 anos

Porta-retratos

[Rio de Janeiro, Brasil, 2021, 28 minutos]
direção: Dani Cavanellas
com Epifania – Cátia Cabral, Clarissa Avelar, Cristina Lago, Danielle Oliveira, Danilo Saccomori e Paulo Mazzoni

Porta-retratos é um vídeo-espetáculo de solos coreográficos que fala sobre o isolamento social. Dentro de uma mesma casa, seis bailarinos do grupo Epifania fazem performances trazendo reflexões e colocando uma lente de aumento em situações ocorridas no período da quarentena. A ideia é apresentar estados e sentimentos que apareceram durante esse período de isolamento.

classificação indicativa: livre

Pelada

[Rio de Janeiro, Brasil, 2021, 35 minutos] 
direção: Orlando Caldeira
com Coletivo Preto e Coletivo Negra Palavra – Adriano Torres, André Américo, Breno Ferreira, Carol Falcão, Drayson Menezzes, Eudes Veloso, Isa Freitas, Jorge Oliveira, Lucas Sampaio, Orlando Caldeira, Patrick Sonata, Rodrigo Átila e Thiago Hypolito  

Após o cancelamento da final de um tradicional  campeonato de futebol de subúrbio em função da pandemia, a  organização não conseguiu até hoje definir o time vitorioso  do torneio de 2020. Isso não seria um problema, não fosse o  prêmio destinado ao campeão: um porco, que não para de  engordar e crescer, dando despesas para a organização. 

A comunidade de Olaria está há mais de um ano debatendo  a questão e, para resolver o problema definitivamente, foi  convocada uma última reunião online. Sem segurança para  realizar a final presencialmente, o campeão terá que ser  escolhido de outra maneira.

classificação indicativa: 14 anos

Em nome da mãe

[Rio de Janeiro, Brasil, 2021, 65 minutos]
direção: Miwa Yanagizawa
dramaturgia e atuação de Suzana Nascimento | Texto de Erri de Luca com Tradução de Federico Puppi

Maria de Nazaré toma a palavra e narra sua íntima e árdua jornada, amparada por toda a ancestralidade feminina, em uma sociedade patriarcal e machista. Até então escrita por homens, a história é contada por sua protagonista, uma adolescente pobre, não casada, virgem e misteriosamente grávida. A atriz passeia por diversos arquétipos da alma feminina e investiga o que essa história tem a ver com a sociedade atual.

classificação indicativa: 14 anos

Vacas Bravas

[Amazonas, Brasil, 2021, 30 minutos]
direção: Taciano Soares
com Ateliê 23 – Ítalo Rui, Julia Kahane e Taciano Soares | Dramaturgia de Taciano Soares

 

É sobre não aceitarmos o pouco que nos é imposto. É sobre a mãe da gente que é grande  e não se alcança. Uma mãe que atravessa. É sobre não esperar o afeto e nele se perder  lutando para ser vaca brava, nesse lugar que ocupa muito espaço na gente e que por  vezes nos deixa de cabeça baixa. É sobre uma mãe que dá o alimento e uma filha que  deseja ser outra pessoa. É a recusa pelo lugar em desejar ser amado. 

classificação indicativa: 18 anos

Ventaneira – A cidade das flautas

[Rio de Janeiro, Brasil, 2021, 25 minutos]
direção: Rai Junior
com Moira Braga, Jadson Abraão (Intérprete de Libras) e Nara Monteiro (Audiodescritora) | Roteiro de Rai Junior

A história fala de uma cidade fantástica com pipas cortando o céu que carregam flautas tocadas pelo vento. Mas um dia os ventos cessam e a cidade amanhece sem música. O menino Rudin, que só consegue ver o que suas mãos podem alcançar, é o único morador que não sabe empinar pipas ou construir flautas, mas com a ajuda do amigo Paco, consegue trazer a música e a alegria de volta à cidade. 

classificação indicativa: livre

Mato Cheio – Um documento poético

[São Paulo, Brasil, 2021, 25 minutos] 
direção: Ivy Souza
com Dirce Thomaz, Anderson Sales, Piu Guedes, Pat Carvalho e Isamara Castilho | Dramaturgia documental de Anderson Sales, Isamara Castilho, Pat Carvalho e Piu Guedes 

Mato Cheio – Um Documento Poético, baseado no espetáculo teatral homônimo, é inspirado no mito dos escravizados que atravessavam o Sítio da Ressaca, casa localizada na região do Jabaquara, no Centro de Culturas Negras, em direção à Santos em busca de liberdade. É Picita, a Dona Dirce, griot que viveu na Cidade Ademar que guia o caminho. Picita, foi uma profeta que veio à terra com a missão de construir um mundo novo. Suas profecias são reveladas através do Fogo, que encorajam os migrantes: Ninguém de Oliveira Neta, Salgada e Gasta Botas a buscarem o caminho do mar.

classificação indicativa: 14 anos

Sonhos para vestir

[São Paulo, Brasil, 2021, 38 minutos] 
direção: Vera Holtz
texto e atuação de Sara Antunes

Numa noite insone refazemos o percurso de uma vida, numa reflexão sobre o espaço que separa o nosso cotidiano de anseios mais íntimos. Orientando-se simultaneamente em direção ao futuro e ao passado a personagem desta peça percorre o intervalo de uma noite numa homenagem ao pai, entre os dois pontos que ligam  vida e  morte, no caso o nascimento dela, a morte dele. É um delírio poético  que dá conta de uma história real vivida pela autora. 

classificação indicativa: livre

Grajaú: uma cartografia da exploração

[São Paulo, Brasil, 2021, 54 minutos]
direção: Rafaela Carneiro e Cia. Teatral Enchendo Laje & Soltando Pipa
com Daniel Silva, Fábio Cupertino, Fernanda Nunes e Samara Monteiro | Roteiro de Rafaela Carneiro e Cia. Teatral Enchendo Laje & Soltando Pipa

Filhas e filhos narram as histórias de suas mães e seus pais, mulheres e homens que migraram das regiões nordeste e sudeste do país para o território do Grajaú em busca de melhores condições de vida. Ao narrarem a travessia em meio ao isolamento social, atrizes e atores envolvem-se em memórias e revoltas. 

classificação indicativa: 14 anos

Dois garotos que se afastaram demais do Sol

[São Paulo, Brasil, 2021, 30 minutos]

direção: Lucelia Sergio e Cibele Appes

com Os Crespos – Sidney Santiago Kuanza, Rodrigo de Odé, Teka Romualdo, Mônica Augusto e Eduardo Silva| Roteiro de Lucelia Sergio 

 

Emile e Kid são dois garotos afro-caribenhos que vão para os Estados Unidos tentar melhorar suas condições de vida. Lá eles se tornam campeões mundiais de boxe e, de alguma forma, são incorporados à sociedade estadunidense.

classificação indicativa: 14 anos

Amores Flácidos

[Rio de Janeiro, Brasil, 2021, 65 minutos]
direção: Marcela Rodrigues
com Aliny Ulbricht e Bruno Dubeux | Texto de Herton Gustavo Gratto 

Em “Amores Flácidos”, Eunice, que sempre sofreu preconceito e estigma por conta do seu corpo, se apaixona por Aroldo, um cara magro, bonito e esbelto, que evita glúten e nunca come dois tipos de carboidratos de uma só vez. Aroldo também se apaixona por Eunice mas não consegue assumí-la socialmente. Sente-se envergonhado de estar num relacionamento estável com uma mulher fora dos padrões estéticos da sociedade e dos quais ele idealizava. Mesmo assim, flertam, namoram, passam a morar juntos. No entanto, um certo acontecimento transformará para sempre a vida dos dois.

classificação indicativa: 14 anos

Zaragata

[Rio de Janeiro e São Paulo, Brasil, 2021, 100 minutos] 
direção: Georgette Fadel
com Bruce de Araujo, Carol Garcia, Eduardo Speroni, Felipe Frazão, Georgette Fadel, João Vancini, Sarah Lessa e Vilma Melo | Texto de Bruce de Araujo  

Seis atores se isolam em uma fazenda para montar a peça futurista A Quarta Zaragata Porvindoura. Porém, durante os ensaios, os artistas estabelecem relações caóticas entre as personagens da peça fictícia, revelando as complexidades de um mundo prestes a desmoronar.

classificação indicativa: 14 anos

Black Brecht: E se Brecht fosse negro? – Depoimentos

[São Paulo, Brasil, 2021, 82 minutos] 
direção: Eugênio Lima
com Walter Balthazar, Luz Ribeiro, Jhonas Araújo, Tatiana Rodrigues Ribeiro, Fernando Lufer, Luiz Felipe Lucas, Luan Charles, Marcial Macome e Gilberto Costa | Roteiro de Eugênio Lima

Perante o Supremo Tribunal do Reino das Sombras apresenta-se Luculullus Brasilis, o general-civilizador. Sob a presidência do juiz dos Mortos, cinco jurados participam do julgamento: Um professor, uma peixeira, um coveiro, uma ama de leite e um não nascido. Estão sentados em cadeiras altas, sem mãos para segurar, nem bocas para comer e os olhos, há muito, apagados. Incorruptíveis.

classificação indicativa: 14 anos

PROGRAMAÇÃO

17h15:  Em busca de Judith 

19h: Maria D’Apparecida: Luz Negra

16h30: Cravo

17h45: Janela 43

19h: Desfazenda – Me enterrem fora desse lugar 

17h: Porta-retratos

18h10: Pelada

19h30: Em nome da mãe

17h: Vacas Bravas

18h15: Ventaneira – A cidade das flautas

19h15: Mato Cheio – Um Documento Poético

20h15: Sonhos para Vestir

17h: Grajaú: Uma cartografia da exploração

18h45: Dois garotos que se afastaram demais do sol

20h : Amores Flácidos

16h: Zaragata

18h45: Black Brecht: E se Brecht fosse negro? – Depoimentos

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