“Ensejos”, com São Paulo Companhia de Dança

13 a 16/04

  • Quinta, sexta e sábado, às 20h e domingo, às 19h
  • Na Sala Adoniran Barbosa 
  • Classificação Indicativa: livre
  • Grátis
  • Os ingressos podem ser reservados online através do link ou presencialmente
  • Funcionamento da bilheteria presencial:
  • Terça a sábado, 13h às 22h
    Domingo e feriados, das 12h às 21h
  • Para mais informações sobre o funcionamento da Bilheteria, física e online, clique aqui
  • É recomendado o uso de máscara

O Centro Cultural São Paulo, em parceria com a São Paulo Companhia de Dança (SPCD) – corpo artístico da Secretaria de Cultural e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, gerida pela Associação Pró-Dança e dirigida por Inês Bogéa – apresenta “Ensejos”, um espetáculo composto por quatro obras de diferentes coreógrafos.

Conectando diversos artistas, com múltiplos olhares e propostas narrativas, “Ensejos” abarca a coreografia “Ver o Ar Ouvir o Verão”, de Eduardo Fukushima; “Teia de Renda”, de Arilton Assunção; “Veias Abertas”, de Poliane Fogaça e “Memória em Conta Gotas”, de Lili de Grammont. A obra é um mosaico temático que atravessa o público através de poéticas plurais, mas também singulares e únicas.

Ver o Ar Ouvir o Verão é uma partitura coreográfica criada por Eduardo Fukushima a partir de sua pesquisa com práticas corporais chinesas e japonesas, que se entrelaçam com questões da dança contemporânea e da performance, criada a partir de múltiplas referências. “O ar é a matéria principal dessa coreografia. É uma tentativa de coreografá-lo, dar luz à sua matéria ao mesmo tempo concreta e invisível, que nos envolve, nos une. Há alguém no vento? O vento passa e o que antes era verão agora já é outono. Mas ainda é preciso escutar o calor, ouvir o verão: fala o coreógrafo. Esta é uma dança para as forças do vento, um convite ao voo ao som de “Summertime”, em japonês, que atravessa a obra”, diz o coreógrafo.

Teia de Renda, de Arilton Assunção, parte de temas como a literatura, a poesia, a dramaturgia, a política e a religiosidade em movimento para construir a obra. A coreografia encontra nas composições “Teia de Renda” e “Evocação das Montanhas”, a inspiração e a liberdade de sua concepção. “Uma teia que sustenta, que alimenta, que une e separa relações”, fala o coreógrafo.

Inspirado livremente na obra literária: “As veias Abertas da América Latina”, do escritor uruguaio Eduardo Galeano (1940-2015) e embalado pelas canções da cantora argentina Mercedes Sosa (1935-2009), Veias Abertas, de Poliane Fogaça, propõe o encontro desses dois grandes artistas que em comum, contaram as histórias dos povos latinoamericanos. Galeano nos diz que “o futuro sempre precisa ser reinventado”, enquanto Mercedes dizia “que é preciso dar voz aos que não têm voz”. A obra revela aspectos sociais – como a fome, a falta de oportunidade, a luta contra a repressão – e a resiliência, o amor pelo próximo e a noção de unidade entre os povos. “Quiçá seja uma utopia acreditar que é possível estancar o sangue das veias abertas da nossa sociedade. Mas que seja um sonho em ação, um ato de esperançar um novo futuro de justiça e união. Por meio da poética da arte de dançar, que a dor cesse, que a ferida cicatrize e que nos inspire a cada passo, a sermos e estarmos uns pelos outros”, diz a coreógrafa.

Sob os clássicos de Lindomar Castilho, como “Você é Doida Demais”, “Vou
Rifar Meu Coração” e “Linda” – revisitados e modernizados pelo compositor Ed Côrtes – a coreógrafa Lili de Grammont, cria sua primeira obra para a São Paulo Companhia de Dança, a partir de um dos casos passionais mais conhecidos no país: o feminicídio de Eliane de Grammont, por Lindomar Castilho, seus pais. A dramaturgia da obra é construída a partir de pinceladas de memórias de Lili com relação a história. “A narrativa não é direta e tão pouco intenciona contar a história. É uma inspiração, recheada de sentimentos e complexidades. ‘Memória em Conta Gotas’ expõe vulnerabilidade e tristeza, mas acima de tudo sobre como seguir com coragem e esperança”, fala a coreógrafa.

Ficha técnica

VER O AR OUVIR O VERÃO (2023) 

Concepção e coreografia: Eduardo Fukushima | Montagem musical: de Fukushima a partir de “Night’s Calling” de Rodolphe Alexis, “Sumertime”, de Tunekichi Suzuki e “Sedna” de Kyungso Park | Colaboração artística e assistente de coreografia: Beatriz Sano | Colaboração textual: Isabel Ramos Monteiro | Agradecimento: Toshi Tanaka (leque).

TEIA DE RENDA (2023) 

Coreografia: Arilton Assunção | Músicas: “Teia de Renda”, de Milton Nascimento e Túlio Mourão e “Evocação das Montanhas”, de Henrique de Curitiba | Assistente de coreografia: Henrique Duarte e Samuel Elias Rodrigues | Mixagem de trilha: Lucas Romualdo.

VEIAS ABERTAS (2023) 

Coreografia: Poliane Fogaça | Músicas: “Canción para um Niño em la calle,” de Algel Ritro, Armando Tejada, René Pérez; “Afonsina Y El mar”, de Ariel Ramírez, Feliz Cezar Luna, “Razón de Vivir”, de Victor Heredia e “Canción Con Todos”, de Armando Teijada Gomez, Cézar Isella. 

MEMÓRIA EM CONTA GOTAS (2023) 

Coreografia: Lili de Grammont | Trilha sonora original: de Ed Côrtes, com canções – Você é Doida Demais”, “Vou Rifar Meu Coração” e “Linda”, de Lindomar Castilho.

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