Cineclube Disgraça: Sessão 01 – A CIDADE DO CAOS

26/02

  • Domingo, às 15h
  • Na Sala Lima Barreto
  • Classificação Indicativa: livre
  • Grátis
  • Retirada de ingressos na bilheteria 1 hora antes
  • É recomendado o uso de máscara

O Cineclube Disgraça faz sua estreia em sua nova morada: o CCSP. Para nós do Disgraça, o cineclubismo é a perambulação, a deriva e o encontro. Em fricção com o mundo, o cinema cria delírios que nos permitem reinventar incessantemente o ritmo vertiginoso da História. Em sessões mensais, o Cineclube Disgraça apresentará filmes que confrontam as imagens de ontem e hoje, sempre priorizando a relação entre o cinema e as cidades, além da exibição de curtas metragens na programação. Para a estreia, então, foram escolhidos seis curtas metragens de quatro cidades distintas. 

O cinema produz metamorfoses maquínicas nos espaços. O que o curta-metragem nacional fez com as cidades brasileiras? Esta sessão não responderá esta pergunta, mas mostrará lampejos da relação entre cinema e cidade a partir de filmes de dois tempos históricos de efervescência da produção curtametragista no Brasil. Reunimos uma constelação de curtas que experimentam formas de reinventar cidades sob o signo do caos: Rio de Janeiro, São Paulo, Manaus, Fortaleza. Para pensar e ensaiar: a arte reproduz vistas da cidade ou inventa outras paisagens? Cidades invisíveis, cidades impossíveis? 

Os filmes A LUTA VIVE e VISÃO 2013 PARA ROBERTO PIVA serão exibidos no formato Super 8 com sonorização ao vivo. Após a sessão haverá roda de conversa com público, curadoria e convidados.

CONVIDADOS 

Priscyla Bettim é cineasta, pesquisadora e professora. Dirigiu mais de uma dezena de curtas metragens, como “Visão 2013 para Roberto Piva” (2013), “Livro de Haikais” (2014), e o longa “A cidade dos abismos” (2021), obras que transitam pelo cinema experimental analógico, ficção e documentário. É mestra em Multimeios pela Universidade Estadual de Campinas – Unicamp. Atualmente faz parte do corpo docente do curso de Bacharelado em Audiovisual do SENAC – SP.

Francis Vogner dos Reis é mestre em Meios e Processos Audiovisuais na ECA-USP. Como crítico de cinema, foi colaborador de diversas revistas brasileiras e estrangeiras, entre elas a Revista Cinética (2006-2014) e Filme Cultura (2011). Lançou em co-autoria com Jean-Claude Bernardet o livro O Autor no Cinema (2018). É coordenador curatorial da Mostra de Cinema de Tiradentes. Pelo CCBB fez a curadoria das mostras Jacques Rivette e Jerry Lewis. É roteirista dos longas O Jogo das Decapitações, de Sergio Bianchi (2013), O Último Trago, de Pedro Diógenes, Luiz Pretti e Ricardo Pretti (2017) e Os Sonâmbulos, de Tiago Mata Machado (2018). É diretor e roteirista de A Máquina Infernal (2021).

FILMES

VISÃO 2013 PARA ROBERTO PIVA, de Priscyla Bettim

São Paulo/SP, 2013; s8mm; 3 min.; (exibição em s8mm)

Ode à cidade de São Paulo e ao universo poético de Roberto Piva.

A LUTA VIVE, de Coletivo Atos da Moóca

São Paulo/SP, 2017; s8mm; 16 min.; (exibição em s8mm)

São Paulo, julho de 1917. Durante os prelúdios da primeira grande greve operária da cidade, operários que protestavam na porta de uma fábrica no Brás são atacados pela polícia, resultando na morte do jovem sapateiro espanhol José Martinez. O filme mostra de forma onírica o enterro de Martinez em uma erma rua operária. Em algum momento da procissão fúnebre, o espectro de Martinez desperta e vaga por ruínas de vilas operárias até chegar, por uma fresta no tempo, ao ano de 2017.

ESPLENDOR DO MARTÍRIO, de Sérgio Péo

Rio de Janeiro/RJ, 1974; s8mm; 9 min; (arquivo digital)

Ensaio experimental de intervenção urbana no Rio de Janeiro. O filme permeia os questionamentos e dúvidas ao autoritarismo imposto à geração dos anos 70 e remete o espectador ao perfil de linguagem de comunicação utilizada nesta época. Retira e acrescenta conteúdos a manifestações públicas possíveis no período. Perpassa e questiona a glória arbitrada a determinados heróis e sua relação com o esplendor conferido ao martírio.

GRAVES E AGUDOS EM CONSTRUÇÃO, de Walter Fernandes Jr.

Manaus/AM; 2021; Digital; 15min; (arquivo digital)

Um pedreiro, uma prostituta e um garoto inconformados com a falta de perspectiva em suas vidas resolvem mudar de comportamento para conseguir transformar a sociedade atual.

CINEMAS FECHADOS, de Sérgio Péo

Rio de Janeiro/RJ; 1980; 16mm; 13 min; (arquivo digital)

Manifesto poético, denunciando o boicote ao cinema brasileiro enquanto reflexo da nossa cultura, exaltando o esforço dos artistas, autores e técnicos pela sua sobrevivência.

LONGA VIDA AO CINEMA CEARENSE, de  Irmãos Pretti

Fortaleza/CE; Mini DV; 11 min; (arquivo digital)

O que se espera do cinema cearense não é o cinema cearense que queremos fazer. Podem tentar nos excluir, mas não vamos desistir. Nossa caminhada está apenas começando e será longa.

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