12/06
- Domingo, 15h30 e 19h
- Na Sala Lima Barreto
- Classificação Indicativa: 14 anos
- Grátis
- Os ingressos estarão disponíveis na bilheteria uma hora antes da sessão
Seguindo nosso programa com especiais duplos focados em grandes diretores da sétima arte, expandimos o conceito do cineclube para além da fantasia e ficção para homenagear um dos grandes mestres do cinema: Akira Kurosawa. Selecionamos as duas obras da fase mais tardia de Kurosawa, cuja imaginação, estilo e delírios artísticos se mostram incomparáveis durante os anos 80. Honrados de podermos trazer mais uma vez obras que são obrigatórias de serem vislumbradas na tela grande de uma boa sala de cinema, convidamos à todos para prestigiarem essa oportunidade única. Um evento trazido pela aliança do Cineclube Phenomena, CCSP e Spcine.
Confira a programação e as sinopses dos filmes abaixo:
15h30 – RAN, de Akira Kurosawa
Japão, 1985, 162 min, DCP, 14 Anos
Drama | Guerra
Hidetora, o poderoso chefe de um dos clãs mais importantes do Japão feudal, decide dividir todos os bens entre seus três filhos: Taro, Jiro e Saburu. Começa uma espiral de conflitos e descontentamentos, o que gera uma turbulência enorme no seio da família. Por sua vez, Hidetora se aproxima da insanidade. Um filme para ser, mais do que visto, também percebido, pois exige cuidado e dedicação para adentrar suas frases não ditas, suas intenções dissimuladas e os reflexos há muito adiados. Como um sábio jogador de xadrez, vai orquestrando esse caos como na lida de uma ópera de diversos atos e entreatos. Pode ter sido o fim de uma fase magistral de um gênio, mas digno de todos os méritos que fomentou por toda a sua filmografia.
19h – KAGEMUSHA: A SOMBRA DE UM SAMURAI, de Akira Kurosawa
KAGEMUSHA, Japão, 1980, 180 min, DCP, 14 Anos
Drama | Guerra
Japão, 1573. O controle do país está em disputa pelos vários senhores feudais, dentre eles o poderoso Shingen. Durante o cerco a um castelo, ele é ferido mortalmente. A notícia logo se espalha e, temendo que seu clã seja desmantelado, Shingen ordena que sua morte iminente seja mantida em sigilo por três anos. Para tanto, é necessário que um sósia assuma seu lugar, tendo que passar por um treinamento para que possa despir de sua personalidade para o trabalho necessário. Kagemusha salta aos olhos. Além de visualmente belo, impressiona a riqueza de detalhes nas armaduras retratadas, cada qual adequada à tonalidade do setor específico ao qual pertence. Kurosawa é um diretor que gosta de explorar as extremidades da tela e, como tal, consegue dar uma dimensão ainda maior ao que é retratado, cinematograficamente falando. Mais uma vez, reflexo claro de como é sua visão acerca da sétima arte.