Mais do que uma maneira de valorizar a cultura à qual pertencemos, o consumo de literatura nacional se tornou uma forma de resistência e de empoderamento – especialmente para combater episódios recentes que beiram a censura. Para valorizar a essência revolucionária da literatura, assista a uma coletânea de entrevistas disponíveis no YouTube de/sobre alguns grandes nomes da literatura brasileira:
Cuti
O autor é essencial para a literatura negra do país. Cuti produz, desde os anos 70, uma obra visceral que, entre o desabafo e a denúncia, aborda a vida e a resistência da população negra no Brasil. É um dos criadores dos Cadernos Negros, publicação independente de coletâneas que dão espaço para jovens escritores – e abriram caminho para as primeiras publicações de Conceição Evaristo.
Lima Barreto
Lima Barreto é um personagem fundamental para a literatura brasileira. Sua obra combativa e engajada denunciava a escravidão e suas consequências para o Brasil que persistem até hoje. O autor foi estudado por Lilia Schwarcz, acadêmica que conta mais sobre ele em seu canal.
Lygia Fagundes Telles
Lygia Fagundes Telles é das mais notáveis escritoras que temos atualmente, e uma das poucas que receberam em vida o devido reconhecimento acadêmico. Nessa entrevista conhecemos melhor essa escritora paulista que, além de genial e bem humorada, teve amizade com Clarice Lispector, Drummond e Érico Veríssimo.
Ignácio de Loyola Brandão
Esse episódio de Provocações, programa da TV Cultura, é uma ótima oportunidade para conhecer a trajetória literária de Ignácio de Loyola Brandão. Entre seus mais de 45 livros, o autor premiado já publicou textos censurados pela ditadura militar e traduzidos para inglês, espanhol, alemão, italiano, húngaro, checo e coreano do sul.
Jorge Amado
Essa entrevista com a jornalista e pesquisadora Joselia Aguiar, que fez a biografia de Jorge Amado, parte da seguinte frase: “as pessoas acham que conhecem Jorge Amado, mas na verdade conhecem o folclore de Jorge Amado”. O vídeo é interessante para conhecer a luta do autor de Capitães da Areia pela igualdade e justiça no Brasil, bem como os aspectos polêmicos da vida do autor baiano.
Texto: Isabela Pretti
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