O projeto Caderno de Artista, idealizado pela curadoria de dança do CCSP, tem a intenção de acessar procedimentos de criação ou, por assim dizer, a materialização de um pensamento em processo.
Convidamos coreógrafas(os) a compor uma obra audiovisual sobre modos de criação, entendimentos de dança, corpo e movimento, referências, matérias-primas e fases.
Os cadernos produzidos dentro do programa serão incorporados ao Arquivo Multimeios do CCSP, referência em acervos de arte e um dos principais de dança do país, contribuindo para a sua atualização com informações sobre importantes criadores de dança que ainda não tiveram suas obras catalogadas.
Nesta edição do Caderno de Artista, a artista Thelma Bonavita apresenta a obra LABIRINTAS.
LABIRINTAS
Este áudio-caderno-de-artista foi pensado para ser ouvido no escuro. Resultado de uma colagem de anotações encadeadas como paisagens do pensamento em processo de criação. Apresentadas como ignições estética e ética, como potência de futuras danças. Dividido em quatro impulsos: Estado Vibrátil, Modo Perturbação, Escuro Tátil e Mediação Meditativa.
Thelma Bonavita
Thelma Bonavita é uma artista da dança cujo trabalho transita pela moda, artes visuais e outras mídias. Reside em Berlim e São Paulo. Seu modo de produção se organiza através de projetos de pesquisa de longo termo sempre associados a redes colaborativas. Suas obras se dão através de diferentes dispositivos performativos desde coreografias a vestimentas, publicações, vídeos e áudios, festas e rituais conceituais, e outros. Ao longo de sua prática artística, Bonavita se dedica ao estudo do pensamento do corpo e de procedimentos experimentais.
Foi uma das fundadoras do estúdio Nova Dança, da Plataforma Desaba e articuladora do Como clube, este tendo sua última apresentação realizada na 31ª Bienal de São Paulo, em 2014. Artista premiada pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) pela produção artística da plataforma Desaba em 2008, pelo evento Terças de Dança do Estúdio Nova Dança em 1996-97, e como coreógrafa revelação em 1995.
Ficha técnica:
concepção, texto e voz: Thelma Bonavita | composição generativa “Música Escura”: Piero Bonavita | mixagem: Nicolas Siepen e Thelma Bonavita | fotografia: Hermano Silva | efeito visual: Keren Cher | Berlim/São Paulo, 2020-21.