23/03 a 04/04
- Confira a programação completa abaixo
- Na Sala Lima Barreto
- Verifique a classificação indicativa de cada filme
- Grátis
- Retirada de ingressos na bilheteria 1 hora antes
- É recomendado o uso de máscara
Considerada uma das principais figuras do modernismo literário, Virginia Woolf (1882-1941) foi uma escritora, ensaísta e editora inglesa, além de ter sido membra do Círculo de Bloomsbury, prestigiado grupo formado por artistas e intelectuais britânicos de sua época. Em 1917, ao lado de seu marido Leonard Woolf, fundou a editora Hogarth Press, pioneira na publicação de trabalhos psicanalíticos, como os de Sigmund Freud, e na tradução de importantes obras estrangeiras. Mais conhecida por sua carreira de livros de ficção, Woolf foi extremamente produtiva durante a vida adulta, dedicando-se, também, à escrita de cartas, diários, ensaios e resenhas literárias. A autora foi uma das precursoras na Literatura a trabalhar temas como a emancipação da mulher e a luta pela igualdade e liberdade sexual.
Tendo feito, no ano de 2021, 80 anos de sua morte, selecionamos uma série de adaptações cinematográficas de suas obras, bem como produções que dialogam com o universo “Woolfiano”. Isso aparecerá em filmes com inspirações estéticas e temáticas que envolvem o feminino, a comunidade e a relação das personagens com o cenário artístico e criativo, como nos longas-metragens Retrato de Uma Jovem em Chamas (2019, Céline Sciamma), Sob a Areia (2006, Fraçois Ozon) e A Excêntrica Família de Antônia (1995, Marleen Gorris), este último, vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1996.
Desde os anos 1980, a obra de Virginia Woolf começou a ser adaptada para o cinema, mas foi com Orlando (1992, Sally Potter) e As Horas (2002, Stephen Daldry) que a autora se popularizou no cenário audiovisual. A mostra Todos os Tetos de Virginia Woolf possui em sua programação 15 títulos, sendo três filmes inéditos no país: As Ondas (1982, Annette Apon), Rumo ao Farol (1983, Colin Gregg) e Six Lives: A Cinepoem (2016, Sarah Riggs) com sessões de cinema na sala Lima Barreto do CCSP e na Biblioteca Mário de Andrade. A mostra é uma produção da Firula Filmes com co-curadoria do cineasta e pesquisador Davi Mello.
Além da programação de cinema, a mostra também recebe um bate-papo literário sobre a obra de Virginia Woolf e sua relação com o cinema!
PROGRAMAÇÃO DE LITERATURA
Conversa com Davi Mello, Ana Carolina Mesquita e Rita Von Hunty
04/04
- Terça-feira, às 21h
- No Auditório da Biblioteca Mário de Andrade
- Grátis
PROGRAMAÇÃO DE CINEMA
23/03
17h SRA. DALLOWAY
20h ORLANDO – A MULHER IMORTAL + HOMEM
24/03
15h30 SOB A AREIA
17h30 AS ONDAS + OS BARCOS
20h SIX LIVES: A CINEPOEM + A MENTE E A VIDA DE VIRGINIA WOOLF
25/03
15h AO FAROL
17h30 FREAK ORLANDO
20h ORLANDO – A MULHER IMORTAL + HOMEM
26/03
16h UM ANJO EM MINHA MESA
19h RETRATO DE UMA JOVEM EM CHAMAS
28/03
16h SRA. DALLOWAY
19h A EXCÊNTRICA FAMÍLIA DE ANTONIA
29/03
16h UM ANJO EM MINHA MESA
19h AO FAROL
30/03
15h SIX LIVES: A CINEPOEM + A MENTE E A VIDA DE VIRGINIA WOOLF
17h30 FREAK ORLANDO
20h VITA E VIRGÍNIA
31/03
15h AS ONDAS + OS BARCOS
17h A EXCÊNTRICA FAMÍLIA DE ANTONIA
19h RETRATO DE UMA JOVEM EM CHAMAS
01/04
15h SIX LIVES: A CINEPOEM + A MENTE E A VIDA DE VIRGINIA WOOLF
17h SRA. DALLOWAY
19h30 AS HORAS
02/04
15h SOB A AREIA
17h30 AO FAROL
20h AS ONDAS + OS BARCOS
04/04
15h SOB A AREIA
17h A EXCÊNTRICA FAMÍLIA DE ANTONIA
19h UM ANJO EM MINHA MESA
SESSÃO BÔNUS:
05/04
17h VITA E VIRGÍNIA
19h30 AS HORAS
Programação Cine Mário
22/03
19h AS HORAS
29/03
19h SRA. DALLOWAY
04/04
19h ORLANDO – A MULHER IMORTAL
FILMES

ORLANDO – A MULHER IMORTAL, de Sally Potter
Orlando, França / Reino Unido, 1992, 92’, DCP, 14 anos
Com Tilda Swinton, Billy Zane, Toby Jones
O nobre Orlando (Tilda Swinton) é condenado pela Rainha Elizabeth I (Quentin Crisp) a permanecer eternamente jovem. A maldição se cumpre e Orlando atravessa os séculos experimentando vidas, parceiros, sentimentos e mudanças de gênero.

HOMEM, de Maja Borg
Man, Suécia, 2016, 13’, DCP, 12 anos
Uma dramatização do corpo biológico e cultural em transformação – um cruzamento singular de gênero por meio da natureza selvagem da gravidez – ecoado apenas pela gravação remanescente da voz de Virginia Woolf.

AS HORAS, de Stephen Daldry
The Hours, EUA, 2002, 114’, DCP, 14 anos
Com Nicole Kidman, Julianne Moore, Meryl Streep
Em três períodos diferentes vivem três mulheres ligadas ao livro “Mrs. Dalloway”. Em 1923 vive Virginia Woolf (Nicole Kidman), autora do livro, que enfrenta uma crise de depressão e idéias de suicídio. Em 1949 vive Laura Brown (Julianne Moore), uma dona de casa grávida que mora em Los Angeles, planeja uma festa de aniversário para o marido e não consegue parar de ler o livro. Nos dias atuais vive Clarissa Vaughn (Meryl Streep), uma editora de livros que vive em Nova York e dá uma festa para Richard (Ed Harris), escritor que fora seu amante no passado e hoje está com Aids e morrendo.

SRA. DALLOWAY, de Marleen Gorris
Mrs. Dalloway, Holanda / EUA, 1997, 97’, DCP, 12 anos
Com Vanessa Redgrave, Natascha McElhone, Rupert Graves
Londres, 1923. Clarissa Dalloway (Vanessa Redgrave) está preparando para dar uma festa à noite. Enquanto a empregada dela está preparando a casa, Clarissa vai comprar as flores. Na sua caminhada através de Londres pensa na sua mocidade, quando ela e sua melhor amiga, Sally Selton (Sarah Badel), viviam com os pais em Bourton, no interior da Inglaterra. Lá ela tinha um amigo, Peter Walsh (Michael Kitchen), que quis casar com Clarissa, que embora o amasse decidiu se casar Richard Dalloway (John Standing). Após vários anos ela revê Peter, que voltou recentemente da Índia e lhe confessa que está apaixonado por uma indiana casada, mãe de dois filhos. Eles ainda sentem muita afeição um pelo outro. No resto do dia ambos pensam na época em Bourton. Há também Warren Smith (Rupert Graves), um veterano da 1ª Guerra Mundial que ficou tão traumatizado que se mata. Então à noite a festa começa e Clarissa teme que a reunião seja um fracasso, pois quer que seus convidados saiam de sua casa com a sensação de que viver vale a pena.

AO FAROL, de Colin Gregg
To the Lighthouse, Reino Unido, 1983, 115’, digital, 14 anos
Com Rosemary Harris, Michael Gough, Suzanne Bertish
Sra. Ramsay, mãe de oito vigorosos filhos, está no esplendor de sua beleza, discreta e luminosa; ela e seu marido, Sr. Ramsay, um renomado intelectual e árido filósofo, recebem um aluno dele, um velho poeta, um botânico e uma pintora. Todos estão passando o verão na casa de praia da família, numa isolada ilha da Grã-Bretanha, às vésperas da eclosão da Primeira Guerra Mundial. Eles fazem planos para um passeio ao farol, mas a viagem é sempre adiada. Adaptação do romance homônimo da escritora inglesa Virginia Woolf, publicado em 1927.

AS ONDAS, de Annette Apon
Golven, Países Baixos, 1982, 92’, digital, 14 anos
Com Elisabeth Andersen, Aat Ceelen, Edwin de Vries
Baseado no livro mais experimental de Virginia Woolf, As Ondas (1931). Há seis personagens principais no filme que estão continuamente tentando recapturar a sensação de harmonia que eles tinham entre si quando crianças. Através de seus pensamentos vemos a intensidade da infância, o otimismo da juventude e a desilusão da vida adulta serem retratados.

OS BARCOS, de Caetano Gotardo e Thaís De Almeida Prado
Idem, Brasil, 2012, 23’, DCP, 14 anos
Vi folhas que se moviam. Pensei: “É um pássaro em seu ninho.” Separei as folhas e olhei; mas não havia pássaro nenhum. As folhas continuavam a se mover. Fiquei assustada. Enquanto corria, cada vez mais depressa, eu gritava. O que movia as folhas? O que move meu coração, minhas pernas?

FREAK ORLANDO, de Ulrike Ottinger
Idem, Alemanha Ocidental, 1981, 126’, digital, 16 anos
Com Magdalena Montezuma, Delphine Seyrig, Albert Heins
Releitura muito peculiar de “Orlando”, romance de Virginia Woolf, em que Ulrike Ottinger coloca em cena uma espécie de história do mundo, desde suas origens até os dias atuais, sem se esquecer dos aspectos mais sombrios da evolução – os erros, a incompetência, a sede pelo poder, o medo, a loucura e a crueldade humana.

RETRATO DE UMA JOVEM EM CHAMAS, de Céline Sciamma
Portrait de la jeune fille en feu, França, 2019, 122’, DCP, 16 anos
Com Noémie Merlant, Adèle Haenel, Luàna Bajrami
Na França do século XVIII, Marianne (Noémie Merlant) é uma jovem pintora que recebe a tarefa de pintar um retrato de Héloïse (Adèle Haenel) para seu casamento sem que ela saiba. Passando seus dias observando Héloïse e as noites pintando, Marianne se vê cada vez mais próxima de sua modelo conforme os últimos dias de liberdade dela antes do iminente casamento se veem prestes a acabar.

SOB A AREIA, de François Ozon
Sous le sable, Japão / França, 2000, 95’, DCP, 16 anos
Com Alexandra Stewart, Pierre Vernier, Charlotte Rampling
Por 25 anos Marie Drillon (Charlotte Rampling) e Jean (Bruno Cremer), seu marido, têm tido um casamento feliz. Durante o verão eles estão passando férias no sul da França e, na praia, Jean deixa Marie tomando banho de sol enquanto vai nadar. Esta foi a última vez que Marie o viu. Ela notifica as autoridades do desaparecimento de Jean e volta para Paris, onde trabalha como professora de literatura inglesa, como se nada tivesse acontecido. Incapaz de aceitar que Jean está morto, ela pensa e age como se ele ainda estivesse ao lado dela, o que perturba seus amigos e Vincent (Jacques Nolot), seu novo amante.

A EXCÊNTRICA FAMÍLIA DE ANTONIA, de Marleen Gorris
Antonia’s Line, Holanda / Reino Unido, 1995, 105’, digital, 14 anos
Com Willeke Van Ammelrooy, Els Dottermans, Veerle van Overloop
Em uma pequena vila holandesa, uma matriarca relembra momentos marcantes de sua vida e os curiosos personagens com quem conviveu. Após o fim da Segunda Guerra Mundial, a independente Antonia (Willeke van Ammelrooy) voltou à cidade natal acompanhada da filha. Assim teve início uma saga familiar que atravessou gerações.

UM ANJO EM MINHA MESA, de Jane Campion
An Angel at My Table, Nova Zelândia, 1990, 158’, DCP, 14 anos
Com Kerry Fox, Alexia Keogh, Karen Fergusson
Baseado no relato autobiográfico de Janet Frame, o filme conta a história de uma ruiva gorducha e tímida que é diagnosticada como esquizofrênica e passa oito anos sendo tratada com eletrochoques em um sanatório, para depois se tornar uma das mais aclamadas escritoras da Nova Zelândia. Por pouco não submetida a uma lobotomia, é salva pelo fato de seu livro de contos “The Lagoon and Other Stories”, receber um importante prêmio literário.

VITA E VIRGÍNIA, de Chanya Button
Vita and Virginia, Reino Unido, 2017, 110’, DCP, 14 anos
Com Gemma Arterton, Elizabeth Debicki, Isabella Rossellini
A história não contada do fascinante envolvimento amoroso entre a lendária escritora Virginia Woolf (Elizabeth Debicki) e a socialite e autora popular Vita Sackville-West (Gemma Arterton).

SIX LIVES: A CINEPOEM, de Sarah Riggs
Idem, França, Reino Unido, Estados Unidos da América, Marrocos, 2016, 62’, DCP, 14 anos
Seis escritores na meia-idade incorporam as questões centrais colocadas por Virginia Woolf em seus ensaios e livros, “The Cinema”, “The Waves”, “Flush: A Biography”, “To the Lighthouse”, “On Being Ill” e “Orlando”. Cada um dos seis encontros ocorre em um local à beira-mar, em Nova York, na costa atlântica francesa, nas Hébridas escocesas e na cidade portuária marroquina de Essaouira, onde a questão de como o indivíduo interage com o meio é redesenhada como uma questão de como interagimos com os horizontes entre nós e os outros. A viagem física se transforma em viagem subjetiva, e a chegada é um abraço não de abstração, mas de incorporação.

A MENTE E A VIDA DE VIRGINIA WOOLF, de Eric Neal Young
The Mind and Times of Virginia Woolf, 24’, digital, livre
“Nada acontece realmente se não for descrito… Não passe um dia sem registrar algo, seja interessante ou não. Algo interessante acontece todos os dias.”