04 e 05/06
- Sábado e domingo, às 15h e às 17h
- Na Sala Lima Barreto
- Classificação Indicativa: livre
- Grátis
- Ingressos disponíveis 1 hora antes para retirada na bilheteria
Cartas aos Modernistas é um projeto cultural múltiplo e experimental, fruto da intercessão entre as artes visuais, o cinema e a educação, apostando em um conjunto de pluralidades de olhares, que ocorre no contexto dos 100 anos da Semana de Arte Moderna de 1922.
Os mais de 40 filmes carta que integram a exposição que ocupa o CCSP no mês de maio, traçam múltiplas conexões e desconexões acerca do modernismo brasileiro e sua contextualização nos dias de hoje, 100 anos depois, de um passado latente a um presente urgente. O Modernismo e novos sentidos: contradições, revisões, indagações.
Durante cinco semanas, os e as realizadoras dos trabalhos em exibição se encontraram – um grupo de forma online e o outro presencialmente no CCSP – para pensar diálogos possíveis com o Modernismo brasileiro, através da produção de filmes cartas.
Potencializando as experiências estéticas do filme amador e artesanal, as obras foram realizadas com equipes reduzidas, por vezes composta por uma única pessoa, e captadas em diversos suportes como hand cams, celulares, câmeras Super 8mm e 16mm, ou mesmo se valendo unicamente de materiais de arquivo como matéria prima para as elaborações audiovisuais.
PROGRAMAÇÃO
04/06
15h00 Sintonias Experimentais
17h00 Às Modernistas
05/06
15h00 Manifestos
17h00 Perspectivas
SINOPSES
Sessão 04/06 – 15h – Duração 67’42”
Sintonias Experimentais
Só antropofagia (ainda) nos une?
Realização: Guilherme Schmidt
Uma ode experimental aos ecos antropofágicos.
Duração: 5’10”
Carta Verbivocovisual
Realização: Ana Machado e Vitor Artese
Palavra. Imagem. Som. Imagem. Palavra. Imagem. Palavra. Som. Imagem. Som. Palavra. Misturam-se, sobrepõem-se, fragmentam-se, reconstroem-se a partir do poema “A terra e a palavra” em Lição de coisas (1962) de Carlos Drummond de Andrade.
Duração: 3’38”
Carta a um quase modernista
Realização: Paolo Gregori
“Caro Raul de Leoni / Escrevo esta carta para você, um quase modernista, e espero que te encontre bem / Abraços, Paolo.”
Duração: 2’51”
¿Que hacer?
Realização: Lorenzo Lustig
Lorenzo faz uma viagem de volta a SP / Cem anos depois da Semana de Arte Moderna / Se encontra com vários poetas / Entre eles Manuel Bandeira
Duração: 11’17”
Impermanência
Realização: Sérgio Wong
A morte é o contrário de nascimento, o contrário da vida é a impermanência.
Duração: 3’02”
Missivas pensamentadas
Realização: Clélia Mello
“Considero minhas obras como cartas que escrevi à posteridade” (Heitor Villa-Lobos)
Duração: 4’33”
Diários & Memórias
Carta para Drummond
Realização: Guilherme Costa
Caro Drummond, te escrevo depois de muito tempo para contar das coisas da vida.
Duração: 8’22”
Carta de Saturno
Realização: Priscya Bettim e Renato Coelho
Soube que você foi proibido de pintar pelos médicos. “Intoxicação aguda pelo chumbo das tintas”, eles disseram”. E que sua resposta teria sido “fui proibido de viver”.
Duração: 6’45”
Bebê Chorão
Realização: José Victor Barroso
Após a descoberta que sua mãe leu seus textos íntimos, um jovem tece reflexões que comprovam sua sanidade, tentando assim, acabar com a preocupação de sua mãe acerca de sua saúde mental.
Duração: 7’37”
Carta a Oswald de Andrade
Realização: Edmilson Lima
Lembro-me da frase de uma amiga: “Sair nem sempre é saída”.
Duração: 2’51”
Carta aos que ficam
Realização: João L.Halley
Registros visuais e vocais de uma criação artística de memória. As várias formas de arte são saboreadas pela Antropofagia. A Biblioteca de Alexandria longe dos incêndios negacionistas. Um filme de processo sendo ao mesmo tempo o próprio roteiro e a obra finalizada.
Duração: 9’35”
Sessão 04/06 – 17h – Duração: 68’43”
Às Modernistas
Mulheres Modernistas
Realização: Giovanna Begotti
Uma carta manifesto endereçada à História, em que são relembradas, por meio de uma linha do tempo, as mulheres importantes para o Modernismo no Brasil.
Duração: 5’45”
Carta para Pagu
Realização: Cris Augusto
Carta endereçada à Modernista Pagu, tratando da contemporaneidade das suas lutas e da luta das Mulheres. Uma costura com retalhos de história, da atualidade, de poesia e de uma conexão pessoal com a sua obra.
Duração: 6’26”
Luz do sol embaixo do trem
Realização: Mariana Peixoto
Você me disse louca, cuja arte pertencia às paredes dos hospícios. Então de conto aqui a anedota de uma pessoa “louca”.
Duração: 3’44”
Para Anita Malfatti
Realização: Rai Anjos
De cunho pessoal e intimista, o filme retrata os sonhos e esperanças de jovens artistas na cidade de São Paulo, 100 anos após a Semana de Arte Moderna de 1922.
Duração: 7’29”
Anita Malfatti
Realização: Susana Valeska Alves
Reflexões acerca do velho e o novo, do antigo e o moderno, a partir da crítica de Monteiro Lobato às obras de Anita Malfatti.
Duração: 4’03”
Re-Visões
Carta aos Modernistas
Realização: Murilo Bronzeri
O filme parte dos aniversários de 100 anos da Semana de Arte Moderna e do Partido Comunista do Brasil para indagar os modernistas militantes, em especial Di Cavalcanti, sobre a ruptura com o tradicionalismo da época.
Duração: 4’16”
Aos antigos e futuros comedores de gente
Realização: Vanessa Nicolav
Um país em que o futuro nunca chega. E o tempo nunca passa. Em que o povo busca existir, sempre, com uma arma apontada à sua cabeça. O que as imagens sobre o Brasil podem nos dizer sobre seus ciclos incessantes de tragédias e sonhos de modernidade?
Duração: 5’19”
Antropofagismos de lá e de cá
Realização: Dévra Taboada
Uma carta dos antropofagismos da nossa história, dos Tupinambás aos Modernistas. Logo eu, parda, mestiça, mulata, a não negra, a não branca, a sem lugar por excelência. Apropriei-me das minhas origens como José de Alencar e as romantizei como em “O guarani”. A invenção de tradições é a mesma que fez nascer o Abaporu, mas foi a subversão que o fez crescer.
Duração: 8’19”
cartaCândido
Realização: Kevin Kaleski e Pedro Blanski Zavan
Carta a Portinari e aos modernistas, conduzida por um sample de Villa-Lobos, com o intuito de apontar a importância, influência e reflexo de suas obras no mundo atual.
Duração: 5’59”
Descaminho em 22
Realização: Mayra Braga e Cassio Gondim
Mario de Andrade e Anita Malfatti teriam orgulho das coisas desse tempo. É um absurdo o que eu estou dizendo? A concretude das mudanças, na arte e na vida, pois é com a arte brasileira que venceremos.
Duração: 16’30”
Sessão 05/06 – 15h – 61’20”
Manifestos
Carta de Guerra
Realização: Leonardo Chagas
Em uma tarde monótona da maior cinema na América do Sul, Pierrot, um guerreiro solitário avança com sua tropa do eu sozinho através de pontes e praças a bombardear os ventos com palavras bélicas. Uma breve reflexão sobre a antropofagia centenária e sua onipresença mítica dentro dos corpos políticos e artísticos brasileiros.
Duração: 5’11”
Pois, em disputa
Realização: Allan Brasil
Nação, Nacional, Nacionalista. Eis o que esta em disputa. E se, pois, em disputa, nós o disputaremos!
Duração: 4’03”
Carta aos Modernistas
Realização: Roger Beatjesus e Flávio DeLira
Sabemos que os modernistas de 1922 fizeram mais do que Cabral, eles redescobriram o Brasil. Codificaram nossa cultura e retrataram o cotidiano do povo brasileiro através da arte e literatura. E nós, artistas de rua, descendentes quilombolas, indígenas, qual nossa contribuição na História da Arte? É hora de mostrarmos a nossa cara, mostrar nossa cultura, arte e história!
Duração: 10’00”
Manifesto Antropofágico Profético
Realização: Mônica Horta
Duração: 4’44”
Uma carta aos modernistas
Realização: Jaílson Ramos
Reflexões críticas acerta da Antropofagia e da cultura brasileira.
Duração: 10’58”
Visões de São Paulo
Carta ao Acaso
Realização: Camila Mesi
O Theatro Municipal de São Paulo não foi escolhido por acaso para sediar da Semana de 22. Na década de 20, artistas ousaram explorar esse espaço que era desfrutado apenas pela burguesia. Na década de 70, militantes do movimento negro o utilizaram para protestar contra a violência policial. E 100 anos depois? Quais foram os resultados desse acontecimento?
Duração: 3’49”
Contos de Nós
Realização: Aisla Shiraishi
Em um diálogo observado, Shira, através de uma carta aberta para o compositor, artista e referência no campo da criatividade, Heitor Villa-Lobos, coloca em pauta os contrastes entre ‹idades, conceitos, ideias, sentimentos.
Duração: 7’23″
Postal à Pasárgada
Realização: Lara Tabach
Filme cartão-postal: a frente (em primeiro plano) imagens; ao verso mensagens. Reflexões acerca do viver em São Paulo no ano de 2022.
Duração: 2’40″
Morador da era do caos envia uma carta
Realização: Gustavo Sales
O passado não vivido é estranhamente nostálgico, a Semana de 22 deu cores ao nosso Brasil, época inspiradora e visceraI. 100 anos se passam e os efeitos são nítidos. A arte é nossa grandiosa ferramenta para suportar a cidade e o dinheiro.
Duração: 2’41″
Epístola de São Paulo
Realização: D. V. Leão
Em dezembro de 2015, Daniel passou três dias em São Paulo. Parte deles foram registrados como um diário fílmico. Sete anos depois, revisita este arquivo para escrever uma carta aos modernistas — decide endereçá-la à própria ‹idade, ícone do modernismo brasileiro.
Duração: 8’59″
Sessão 05/06 – 17h – 53’57”
Perspectivas
Prezado Modernista,
Realização: Mariana Prado
Uma odisseia em busca de um destinatário moderno.
Duração: 7’23”
Tupy or not tupy – Como nossos pais
Realização: Denise Demange
Reflexão sobre a ingênua escolha das premissas do Modernismo, que, apesar de intensa e longa repercussão na cultura brasileira, não foi capaz de colocar fim à desigualdade cultural que persiste, pois está atrelada à desigualdade social e econômica.
Duração: 4’43”
Entrelinhas da vida
Realização: Patrícia Prado
Cartas de amor, de baralho, de banco, cartões postais, fotografias, papéis, sentimentos. Correspondências dos meus pais entre 1956 e 1959, mostrando o amor entre eles e as artes que usufruíam: cinema, literatura, música.
O despertar para a vida de conhecimento e arte na velhice entrecruzando com o movimento modernista de 22 e, também com a esperança em uma vida política de intensa amorosidade.
Duração: 8’43”
22, O Obsessor
Realização: Dréa Barbosa
Conexões ou desconexões com a Semana de 22, o 22, 22, 22,… torna-se um obsessor.
Duração: 5’47”
Carta aos Modernistas
Realização: Fabiano Prates
Filme ensaio que apresenta uma reflexão sobre a arte, do período da Semana de Arte Moderna de 22 aos dias atuais.
Duração: 3’12”
Carta aos Modernistas
Realização: Paulo Souza
Explorando os 100 anos da Semana de 22, usamos a potência da figura de linguagem, com imagens de arquivo e de garrafas ao mar, representando nosso naufrágio eminente como civilização.
Duração: 5’14”
Subjetividades & Texturas
Cartas ao coelho antropofágico
Realização: Leonardo di Lazzaro
“Cartas ao Coelho Antropofágico” é um pequeno devaneio sobre a forma em que comemos o mundo. Foi filmado em película 16mm e revelado artesanalmente.
Duração: 2’01”
Areia: conversa incompleta
Realização: Maicon Queiroz
Quando conversamos com uma pessoa existem momentos de debates, momentos de esquecimento, momentos de confusão. As vezes o tempo se esvai entre palavras, entre imagens criadas que já não fazem mais parte de um todo. Caminhamos pelo tempo em busca de um futuro que está por vir.
Duração: 6’18”
Devaneio Atemporal
Realização: Letícia Aoki
Os caminhos que traçamos vêm através daquilo que vivemos, sentimos, aprendemos, escutamos. O que seria da nossa música se não fosse a vontade de reinventar, inovar e criticar? É isso que a Tropicália nos traz. Artistas nos ensinaram e ensinam, sobretudo, a coragem de ser, fazer e espalhar ao mundo a nossa luta atemporal pela liberdade.
Duração: 3’16”
Filme Carta Antropofágico
Realização: Celine Germano
O que devora a cultura estrangeiro, incorpora na mistura, absorve e transmuta, fortalecendo a si mesmo. Abaporu. O Brasil é antropofágico por natureza.
Duração: 3’15”
Filme Carta Antropofágico
Realização: Gabriel Lucena
Título: Filme Carta Antropofágico
Em uma feirinha de coisas usadas muitas histórias se escondem. A quem elas pertenciam? O que elas significavam aos seus donos? Várias narrativas se escondem nesse mar de histórias perdidas. As memórias lutam para achar alguém que as faça continuar vivas.
Duração: 3’06”