Espetáculo mostra idas e vindas de estudantes numa escola abandonada
Por Alexandre César | Redação CCSP | Fotos: Acervo pessoal
29/09/2025
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Altas gargalhadas foram ouvidas no Espaço Cênico Ademar Guerra, no último sábado, 27 de setembro, quando o Grupo Espuma apresentou o espetáculo O Penúltimo Sinal, que conta a estória de estudantes que tentam reconstruir uma sala de aula de escola abandonada. E após um experimento mal feito, o grupo viaja em vários pontos do passado da escola e passam a questionar como o centro estudantil chegou em tal decadência.

Para a trupe, a peça faz refletir sobre como a sociedade importasse com a Educação e sobre o as ações da mesma frente aos órgãos públicos de ensino.
Eu acho que o espetáculo possui várias narrativas, mas a principal é a gente se provocar como sociedade-artista e a população jovem e que está inserida nos espaços públicos e da importância da educação pública, do que é o direito a uma sociedade de ter educação pública. E porque em nossa estória, muitas vezes a educação é ignorada ou destratada. Há décadas falamos sobre a qualidade da Educação no Brasil, e a gente, enquanto gente de cultura e das artes, entendemos que o Brasil, como um continente multicultural, acho que a primeira falange de um brasileiro é a cultura. Então, a sociedade ignorar isso é muito danoso para ela, não é? A gente se torna uma sociedade bélica sem arte, sem educação. Então, a gente defende na mesma medida – ponderou Daniela Biancardi, diretora do espetáculo.

Mesmo a peça possuindo um roteiro com críticas sociais, o argumento não deixou de ser cômico, pois em várias ocasiões, as piadas faziam a plateia cair na gargalhada.
A gente percebe que o teor da peça sobre essa luta coletiva que a gente tem sobre a luta pela Educação, pelo jovem e pela Cultura, então, a gente traz esse tema que é muito forte, mas tratamos de trazer uma comicidade física, que encanta muito a criançada, o jovem e que arranca a risada do público. Preferimos tratar de temas sérios e pesados, mas com estratégias do uso da palhaçaria. Essa é uma técnica em que acreditamos fazer muito sentido para o entendimento do público. E para esses assuntos sérios às vezes o melhor é tratá-los com humor – avaliou Léo Braga, ator e coordenador de produção.

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