‘Não Fossem as Sílabas do Sábado’ emociona com história sobre luto e afeto
Por Redação CCSP | Fotos: Carlos de Jesus | 10/7/25
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Peça premiada adapta obra de Mariana Salomão Carrara e comove ao retratar a solidariedade entre mulheres.
O Centro Cultural São Paulo recebeu com casa cheia a peça Não Fossem as Sílabas do Sábado, protagonizada por Carol Vidotti e Fábia Mirassos. Vencedora do Prêmio Shell de Dramaturgia, a montagem é baseada no livro homônimo de Mariana Salomão Carrara e adaptada por Liana Ferraz, que preservou a essência do texto original, mantendo todas as palavras ditas em cena extraídas diretamente da obra.
Dirigida por Joana Dória, a peça apresenta a história delicada e potente de Ana e Madalena, duas vizinhas que, após um trágico acidente envolvendo seus maridos, se aproximam em meio ao luto e constroem uma nova forma de convivência. No palco, as atrizes dão vida a essa relação complexa e profunda, onde a dor se transforma em cuidado e a solidão se abre para o afeto.
Ana é retratada em um fluxo de consciência que mistura memórias e emoções, mostrando sua reconstrução emocional ao lado de Madalena e da filha, Catarina. “Queríamos que a personagem de Ana fosse empática, mesmo passando por um sofrimento profundo”, diz Carol Vidotti. Madalena, interpretada por Fábia Mirassos, surge como uma presença intensa que, apesar da própria dor, decide cuidar de Ana. “Ela abre mão de viver a dor para segurar a mão de outra mulher. E isso é o que fica mais bonito na peça: a solidariedade entre mulheres”, afirma Fábia.
Com apresentações no Espaço Cênico Ademar Guerra, o espetáculo conquistou o público pela proximidade e pela entrega emocional do elenco. A resposta da plateia emocionou as artistas, que destacaram a energia generosa dos espectadores e a importância de ocupar um espaço cultural com trajetória tão significativa. “Foi muito especial voltar ao CCSP com essa peça. Estar num lugar onde a formação de público é forte e acessível faz toda a diferença”, celebram.
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