14 a 20/07
- Na Sala Lima Barreto
- Verifique a classificação indicativa de cada filme
- Retirada de ingressos 1h antes na bilheteria
- É recomendado o uso de máscara
Único festival no Brasil exclusivamente dedicado aos cinemas africanos contemporâneos, a Mostra de Cinemas Africanos foi idealizada e tem curadoria de Ana Camila Esteves (Brasil) e Beatriz Leal Riesco (Espanha). Desde 2018 a Mostra reúne filmes de curta e de longa-metragem das cinematografias africanas contemporâneas, muitos inéditos no Brasil.
O recorte curatorial atende à demanda por proporcionar espaços de exibição no Brasil de filmes recentes produzidos na África e sua diáspora nos últimos cinco anos, bem como promove o contato do público com as estéticas e narrativas presentes nesta cinematografia ainda muito desconhecida do público brasileiro.
Em onze edições já realizadas a Mostra exibiu filmes dirigidos por cineastas de países como Senegal, Sudão, Etiópia, Uganda, Ruanda, África do Sul, Nigéria, Burkina Faso, Quênia, Tunísia, Argélia, Marrocos e Egito, entre muitos outros, além de produções em territórios afrodiaspóricos como França e Cuba, protagonizadas por sujeitos africanos e afrodescendentes. Os filmes variam entre ficção e documentário e oferecem uma chance rara ao público brasileiro de criar repertório sobre uma cinematografia vibrante e diversa em temáticas, paisagens e estéticas.
As curadoras acompanham as trajetórias dos filmes africanos nos mais importantes festivais de cinema do mundo, como Cannes, Berlinale, Toronto, Veneza, Rotterdam e Fespaco (este o maior festival de cinemas africanos na África, em Burkina Faso), e trazem para o Brasil os títulos de maior interesse que estiveram em exibição ou em competição.
Confira abaixo a programação e as sinopses dos filmes!
PROGRAMAÇÃO
14/07
16h00 A Esposa do Coveiro
18h00 Contos da cidade acidental
20h00 Você morrerá aos 20
15/07
16h00 Keteke
18h00 Falando sobre árvores
20h00 Wallay
16/07
16h00 SESSÃO DE CURTAS 01: Fragmentos da história: singularidades e conjunções
18h00 Apenas um movimento
20h00 Samba Traoré
17/07
16h00 SESSÃO DE CURTAS 02: Fragmentos do porvir: aqui nos encontramos
18h00 Otiti
20h00 Lingui
19/07
16h00 SESSÃO DE CURTAS ANGOLANOS 01
18h00 Dentro da casa
20h00 Um conto de amor e desejo
20/07
16h00 SESSÃO DE CURTAS ANGOLANOS 02
18h00 Nós, estudantes!
20h00 Cabo de Guerra
21/07
16h00 SESSÃO DE CURTAS ANGOLANOS 03
18h00 Esposas em suspenso
20h00 Mandabi
SINOPSES
![](https://centrocultural.sp.gov.br/wp-content/uploads/2022/07/A-ESPOSA-DO-COVEIRO-scaled.jpg)
A ESPOSA DO COVEIRO, de Khadar Ayderus Ahmed
La Femme du fossoyeur, França/Somália, 2021, 83 min, DCP, 14 anos
Com Yasmin Warsame, Omar Abdi, Khadar Abdoul-Aziz Ibrahim
Na cidade de Djibuti, no Chifre da África, Guled (Omar Abdi) está entre um grupo de homens que ganham a vida enterrando os corpos que são entregues a um hospital local. Quando sua amada esposa Nasra (Yasmin Warsame) contrai uma infecção nos rins, o casal se vê em apuros, pois um transplante está financeiramente fora de alcance. A pragmática Nasra resolve aproveitar seus dias restantes com o marido e o filho, mas Guled não pode deixá-la ir – e ele resolve fazer a única coisa ao seu alcance para salvá-la de seu destino. Uma ode poética ao vínculo inabalável que o casal compartilha, A Esposa do Coveiro encontra grande beleza na tristeza e nos grandes gestos e momentos de ternura entre duas pessoas profundamente apaixonadas.
![](https://centrocultural.sp.gov.br/wp-content/uploads/2022/07/Contos-da-cidade-acidental-1024x571.png)
CONTOS DA CIDADE ACIDENTAL, de Maimouna Jallow
Tales of the Accidental City, Quênia, 2021, 54 min, DCP, livre
Com Wakio Mzenge, Eddy Kimani, Mercy Mutisya, Tana Kioko
Neste filme bem-humorado e mordaz, uma equipe heterogênea de moradores de Nairóbi se reúne via Zoom para uma aula de controle de raiva exigida pelo tribunal. Diana, Jacinda, Louis Njoroge e Sarah Obama devem explicar como chegaram lá e, com a ajuda de seu terapeuta peculiar, encontrar uma maneira de curar suas feridas. À medida que trocam histórias, questões mais profundas de classe, desigualdade e injustiças sociais sofridas por muitos habitantes urbanos africanos vêm à tona.
![](https://centrocultural.sp.gov.br/wp-content/uploads/2022/07/voce-morrera-aos-20-1-1024x427.jpg)
VOCÊ MORRERÁ AOS 20, de Amjad Abu Alala
Tu Morras à 20 ans, Sudão, 2019, 103 min, DCP, livre
Com Mustafa Shehata, Islam Mubarak, Mahmoud Elsaraj
Depois que um xeque previu para sua mãe, logo após seu nascimento, que ele morreria aos vinte e poucos anos, Muzamil, de 19 anos, deve lidar com todos os eventos e mudanças usuais da transição de jovem para adulto. Mas como alguém se prepara para uma idade adulta que, segundo a profecia, não chegará, ao mesmo tempo que seu povo e sua família se preparam para seu funeral? O diretor Amjad Abu Alala explora essa questão neste cativante filme sudanês.
![](https://centrocultural.sp.gov.br/wp-content/uploads/2022/07/KETEKE-1-1024x753.jpg)
KETEKE, de Peter Sedufia
Gana, 2017, 70 min, digital, livre
Com Adjetey Anang, Lydia Forson, Fred Amugi
O filme conta uma história focada no sistema de serviço ferroviário dos anos 1980 no Gana. Um casal, Boi e Atswei, que vivem em Puna, está empenhado em dar à luz seu primeiro bebê em Akete, sua cidade natal. Muito perto do parto, o casal perde o trem, único meio de transporte da periferia para a cidade. Na pressa de chegar lá, eles agravam sua situação com uma decisão errada e se encontram no meio do nada. Agora, o casal chegará a tempo para o parto ou corre o risco de perder o bebê e a mãe?
![](https://centrocultural.sp.gov.br/wp-content/uploads/2022/07/FALANDO-SOBRE-AS-ARVORES-1024x622.jpg)
FALANDO SOBRE AS ÁRVORES, de Suhaib Gasmelbari
Talking about Trees, França/Sudão, 2019, 93 min, digital, livre
Com Ibrahim Shaddad, Manar Al Hilo, Suleiman Ibrahim
Ibrahim, Manar, Suleiman e Altayeb, quatro membros veteranos do Sudanese Film Club, embarcam em uma jornada na qual pretendem reviver o cinema antigo para trazer a cultura cinematográfica de volta ao seu país. No país em crise, os quatro amigos encontram uma resistência insuperável.
![](https://centrocultural.sp.gov.br/wp-content/uploads/2022/07/WALLAY-1024x533.jpg)
WALLAY, de Berni Goldblat
França/Burkina Faso/Catar, 2017, 84 min, digital, livre
Com Makan Nathan Diarra, Ibrahim Koma, Hamadoun Kassogué
Um menino de 13 anos é enviado de sua casa na França para viver com a família do pai em uma zona rural de Burkina Faso.
![](https://centrocultural.sp.gov.br/wp-content/uploads/2022/07/APENAS-UM-MOVIMENTO-1024x576.jpeg)
APENAS UM MOVIMENTO, de Vincent Meessen
Juste une Mouvement, Bélgica/França, 2021, 110 min, DCP, Livre
Com Dialo Blondin Diop, Ousman Blondin Diop, Marie Thérèse Diedhiou
No Senegal, o nome de Omar Blondin Diop está associado a um crime de Estado impune. Na França, ele ficou principalmente na história como um ativista marxista em “La Chinoise”, uma ficção de antecipação política de Jean-Luc Godard. Hoje em Dakar, seus irmãos e amigos se lembram dele enquanto a juventude local joga seu próprio destino sob o presente imperfeito da China-África.
![](https://centrocultural.sp.gov.br/wp-content/uploads/2022/07/SAMBA-TAORE-1.png)
SAMBA TRAORÉ, de Idrissa Ouedraogo
Burkina Faso, 1992, 85 min, digital, livre
Com Sangare Bakary, Mariam Kaba, Abdoulaye Komboudri
Depois de cometer um assalto em que seu parceiro é morto, Samba retorna à sua aldeia na esperança de esquecer seu passado. Ele conhece uma antiga paixão, Saratou, e se estabelece com ela e seu filho. No entanto, suas memórias ameaçam destruir sua felicidade recém-descoberta. Como em seu trabalho anterior, a narrativa de Ouedraogo tem uma qualidade mágica, mas aqui os personagens e o cenário são completamente modernos.
![](https://centrocultural.sp.gov.br/wp-content/uploads/2022/07/Otiti-1024x461.jpg)
OTITI, de Ema Edosio
Nigéria, 2022, 90 min, DCP, 14 anos
Com Gina Castle, Charles Etubiebi, Rachel Emem Isaac
Uma costureira com problemas de compromisso enfrenta forte oposição de seus meio-irmãos quando decide cuidar do pai doente que a abandonou quando criança. Ela é involuntariamente arrastada para uma intensa disputa familiar onde ela tem que lutar para salvar a vida de seu pai de seus filhos e familiares gananciosos e desprivilegiados, que estão determinados a deixá-lo morrer para que possam assumir sua riqueza.
![](https://centrocultural.sp.gov.br/wp-content/uploads/2022/07/Lingui-1024x634.jpeg)
LINGUI, de Mahamat-Saleh Haroun
França/Chade/Alemanha, 2021, 87 min, DCP, 14 anos
Nos arredores da capital N’djamena, a decidida mãe solto Amina (Achouackh Abakar Souleyman) trabalha incansavelmente para sustentar a si mesma e sua filha de 15 anos, Maria (Rihane Khalil Alio). Sua existência já precária é abalada quando Amina descobre que Maria está grávida e não quer ter o bebê. Abandonada por sua própria família com uma adolescente grávida, Amina está determinada a garantir outro destino para sua filha. Juntas, as duas mulheres começam a buscar a opção do aborto, condenado tanto pela religião quanto pela lei. Lutando para obter esse procedimento simples, mas inacessível, elas navegam por uma rede patriarcal de médicos, parentes e vizinhos. Através desta jornada, mãe e filha criam uma conexão mais forte do que qualquer outra que já conheceram.
![](https://centrocultural.sp.gov.br/wp-content/uploads/2022/07/ESPOSAS-EM-SUSPENSO-1024x576.png)
ESPOSA EM SUSPENSO, de Merieme Addou
Femmes Suspendues, Marrocos/França/Catar, 2021, 73 min, DCP, livre
Com Ghita, Latifa e Saadia
O filme acompanha três mulheres que foram abandonadas por seus maridos – Ghita, Latifa e Karima – e sua longa luta pelo divórcio. Depois de anos de espera, eles decidem recorrer aos tribunais de suas regiões. O procedimento se mostra não apenas longo, mas também absurdo, pois as mulheres têm que provar primeiro que seus maridos estão ausentes.
![](https://centrocultural.sp.gov.br/wp-content/uploads/2022/07/Mandabi-1024x620.jpg)
MANDABI, de Ousmane Sembène
França/Senegal, 1968, 90 min, DCP, livre
Com Makhouredia Gueye, Ynousse N’Diaye, Isseu Niang
Filmado principalmente em wolof, este segundo longa de Ousmane Sembène foi o primeiro feito em língua africana – um passo importante para a realização do sonho do cineasta senegalês de criar um cinema por, sobre e para os habitantes de seu continente natal. Após o desempregado Ibrahima Dieng receber uma ordem de pagamento de 25.000 francos de um sobrinho que trabalha em Paris, a notícia de sua sorte inesperada se espalha rapidamente entre seus vizinhos, que o procuram em busca de empréstimos, mesmo quando suas tentativas de descontar o pedido são frustradas em um labirinto de burocracia. obstáculos, e novos problemas chovem sobre sua cabeça. Um dos filmes mais engraçados e indignantes de Sembène, Mandabi – uma adaptação de uma novela do próprio diretor – é uma representação amargamente irônica de uma sociedade marcada pelo colonialismo e atormentada pela corrupção, ganância e pobreza.
![](https://centrocultural.sp.gov.br/wp-content/uploads/2022/07/DENTRO-DA-CASA-1024x576.png)
DENTRO DA CASA, Karima Saidi
Dans la Maison, Bélgica/França/Marrocos/Catar, 2020, 90 min, DCP, livre
Com Karima Saïdi, Aicha Saïdi
Após anos de separação, a cineasta renova o relacionamento com a mãe, Aïcha, agora com Alzheimer. De Bruxelas a Tânger, a odisseia de uma família marcada pelo exílio é evocada através da discrição e da confissão, da dor, da separação, do luto e da alegria.
![](https://centrocultural.sp.gov.br/wp-content/uploads/2022/07/UM-CONTO-DE-AMOR-E-DESEJO-1024x429.jpg)
UM CONTO DE AMOR E DESEJO, de Leyla Bouzid
Une histoire d’amour et de désir, França, 2021, 102 min, DCP, 16 anos
Com Sami Outalbali, Zbeida Belhajamor, Diong-Kéba Tacu
Ahmed é um jovem estudante francês de origem argelina. Ao ingressar no curso de literatura da Sorbonne, ele se torna o orgulho dos pais e a chacota dos colegas da periferia. Quando descobre em aula a literatura erótica árabe e conhece a sedutora Farah, uma garota tunisiana, ele será confrontado às origens magrebinas e terá seu primeiro contato com o amor, a paixão e o sexo.
![](https://centrocultural.sp.gov.br/wp-content/uploads/2022/07/NOS-ESTUDANTES-1024x576.png)
NÓS, ESTUDANTES!, de Rafiki Fariala
Nous, Étudiants!, República Centro-Africana, 2022, 83 min, DCP, livre
Com Nestor Ngbandi Ngouyou, Aaron Koyasoukpengo, Benjamin Kongbo Sombot
Nestor, Aaron, Benjamin e Rafiki são estudantes de economia da Universidade de Bangui. Navegando entre as salas de aula superlotadas, os pequenos negócios que permitem que os alunos sobrevivam, o suborno à espreita por toda parte, Rafiki nos mostra como é a vida dos alunos na República Centro-Africana, uma sociedade destruída onde a juventude continua sonhando com um futuro melhor para seu país.
![](https://centrocultural.sp.gov.br/wp-content/uploads/2022/07/CABO-D-EGUERRA-1024x576.jpg)
CABO DE GUERRA, de Amil Shivji
Tug of War (Vuta N’Kuvute), Tanzânia/África do Sul/Alemanha/Catar, 2021, 93 min, DCP, livre
Com Ikhlas Gafur Vora, Gudrun Columbus Mwanyika, Siti Amina
Denge, um jovem combatente da liberdade, conhece Yasmin, uma mulher índia-zanzibar, no meio da noite, quando ela está a caminho de se casar. Paixão e revolução acontecem nesta história de amor político de amadurecimento ambientada nos anos finais da colônia britânica de Zanzibar. Um jovem revolucionário e uma noiva fugitiva lutam por liberdades proibidas, na adaptação de Amil Shivji do premiado romance suaíli de Adam Shafi, ambientado na década de 1950 em Zanzibar, onde uma paixão é fustigada pelas duras ondas do domínio britânico e pela luta militante local pela libertação.