19/03, 20/03, 21/03 e 23/03

A MITsp – Mostra Internacional de Teatro de São Paulo chega à sua 10ª edição. Há uma década, apesar de cenários adversos, o festival se mantém fiel à sua vocação experimental e crítica, tensionando o momento histórico e suas ressonâncias nas artes cênicas contemporâneas. Na Mostra de Espetáculos, a artista em foco é nora chipaumire, do Zimbábue. Há também espetáculos vindos da Argentina, da França e de Moçambique, além de obras nacionais de Alejandro Ahmed e de Antonio Nóbrega, artista homenageado por sua trajetória. A MITbr – Plataforma Brasil, programa continuado de internacionalização das artes cênicas brasileiras, reúne uma pluralidade de temáticas e linguagens da cena contemporânea, e traz a carioca Wallace Ferreira/Patfudyda como artista nacional em foco. Complementam a programação o eixo Olhares Críticos, que convida o público a pensar as artes cênicas e o Brasil atual a partir de uma série de ações reflexivas, e o eixo Ações Pedagógicas, com atividades que investigam novos modos de produzir e transmitir conhecimento.

PROGRAMAÇÃO COMPLETA – CENTRO CULTURAL SÃO PAULO

  • Quarta 19-03
    15h
    BRINCANDO COM NÓBREGA a cultura popular e a educação – Sala Lima Barreto
    18h
    A crítica em tensão – desafios no contemporâneo – Sala Lima Barreto
    19h
    tReta, UMA INVASÃO PERFORMÁTICA – Sala Ademar Guerra
    20h
    GRAÇA – Sala Adoniran Barbosa
    21h
    REPERTÓRIO N.3 – Sala Ademar Guerra
  • Quinta 20-03
    19h
    tReta, UMA INVASÃO PERFORMÁTICA – Sala Ademar Guerra
    20h
    GRAÇA – Sala Adoniran Barbosa
    21h
    REPERTÓRIO N.3 – Sala Ademar Guerra
  • Sexta 21-03
    19h
    Cosmo-percepções da floresta – Sala Adoniran Barbosa
    20h
    EU TENHO UMA HISTÓRIA QUE SE PARECE COM A MINHA – Espaço Missão
  • Sábado 22-03
    19h
    EU TENHO UMA HISTÓRIA QUE SE PARECE COM A MINHA Espaço Missao
    20h
    A ÚLTIMA CEIA Sala Ademar Guerra
  • Domingo 23-03 20h
    A ÚLTIMA CEIA Sala Ademar Guerra

Brincando com Nóbrega- A Cultura Popular e a educação

O multiartista pernambucano Antonio Nóbrega, artista homenageado da 10ª edição da MITsp, procura mostrar neste encontro como a prática das representações simbólicas populares brasileiras de cantos, danças, formas poéticas e células rítmicas podem fornecer elementos para o desenvolvimento e aprimoramento da habilidade cognitiva. A ideia é mostrar como o exercício do lúdico na arte não dirige o pensamento em relação à escolha de valores, mas sim amplia os dispositivos para saber escolhê-los.

CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: Livre

Para informações de ingressos, acesse: https://mitsp.org/2025/ingressos-2025/

A Crítica em Tensão – Desafios no Contemporâneo

Reflexão sobre os desafios enfrentados pela crítica teatral e cultural em tempos de polarização, tensões políticas e transformações sociais. O debate aborda o papel da crítica como mediadora e como ela pode se manter relevante diante de novas estéticas e práticas artísticas.

CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: Livre

Para informações de ingressos, acesse: https://mitsp.org/2025/ingressos-2025/

tReta, uma invasão performática

A obra é um conflito, uma explosão, um ato premeditado para envolver o outro. As várias “tretas” vivenciadas diariamente por cada um foram a base de trabalho do grupo Original Bomber Crew. “Tretas” do vizinho, do planalto, do colonialismo, do patriarcado, da batalha de breaking. O grupo ressignifica espaços como a juventude periferizada ocupa as ruas e performa junto ao público numa ambiência sensorial metálica, densa e urbana. A “dança-quebrada”, como estes artistas chamam a transfiguração de suas realidades através do hip-hop e arte contemporânea, surge como estratégia poética de existência, apesar de toda a descartabilidade investida socialmente sobre seus corpos.  

CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: Livre

Para informações de ingressos, acesse: https://mitsp.org/2025/ingressos-2025/

GRAÇA

Corpos reais, divinos e fictícios transbordam em situações que desafiam arquétipos de beleza, fertilidade e êxtase. Nesta obra, fruto do encontro entre a companhia Giradança e a coreógrafa Elisabete Finger, três performers acumulam um repertório de posturas e padrões corporais familiares e desconhecidos dispostos em uma estrutura coreográfica circular. Operando entre continuidade e dissolução, a peça escava camadas de erotismo enterradas sob histórias e mitologias, certezas e suposições.

CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: Livre

Para informações de ingressos, acesse: https://mitsp.org/2025/ingressos-2025/

Repertório N.3

O espetáculo é a última parte de uma trilogia de práticas coreográficas iniciada em 2018 pelos artistas cariocas Davi Pontes e Wallace Ferreira. A partir de estudos pós-coloniais de gênero e raça, a dupla questiona como criar uma dança de autodefesa, compreendida como uma elaboração tática para confrontar violências físicas, imaginárias e epistemológicas. A ideia é coreografar resistências singulares para corpos dissidentes e proporcionar seus modos de permanência no mundo. Para isso, o trabalho utiliza estratégias como a mimese e a pose, criando um jogo de significados que sobrepõe tempos e imagens.

CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 18 anos

 Para informações de ingressos, acesse: https://mitsp.org/2025/ingressos-2025/

Cosmopercepções da Floresta 

A performance e imersão sonora tem como ponto de partida territórios indígenas e tradicionais na América do Sul e na Europa. Este encontro das culturas indígenas na Amazônia (Tukano e Uitoto), Mata Atlântica (Tupinambá, Guarani e Maxacali) e território Sápmi na Finlândia (Sami) se dá a partir do corpo e da música e sua importância para esses diversos entendimentos de mundo. As artistas propõem no palco um espaço imersivo que traz a música, o canto e a palavra falada como ligação entre as florestas tropicais da América do Sul à Floresta Boreal, na Europa, e convida o público a imaginar a existência de mundos matriarcais baseados no cuidado e na troca.

CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: Livre

 Para informações de ingressos, acesse: https://mitsp.org/2025/ingressos-2025/

Eu tenho uma história que se parece com a minha

A obra atravessa diferentes gerações da família da artista Tetembua Dandara. Ativada pelo encontro da performer e sua avó, Dirce Poli, com intervenções de sua mãe, Neuza Poli, e de sua irmã, Mafoane Odara. A instalação convida o público a adentrar um espaço que remete a uma sala de vó, a um quintal ou mesmo a uma festa dos anos 1990. Ali, narrativas são reconstruídas pelas vozes, sabores e olhares dos presentes, que podem transitar pelo espaço e pelas histórias por quanto tempo desejarem. O trabalho teve como ponto de partida o livro fotográfico homônimo idealizado pela performer, que traz espaços em branco (e preto), estabelecendo um diálogo de imagens e poucas palavras. 

CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: Livre

Para informações de ingressos, acesse: https://mitsp.org/2025/ingressos-2025/

A ÚLTIMA CEIA 

A peça-jantar do grupo MEXA parte do famoso quadro homônimo do pintor Leonardo da Vinci (1452-1519) e do acontecimento bíblico nele retratado para atualizar as ideias de morte e de ressurreição. Em cena, um grupo de pessoas se senta ao redor de uma mesa para sua última refeição. Trata-se de uma despedida: o grupo vai acabar. Brincando com os conceitos de verdade e ficção, a obra explora as vivências dos performers e questiona como criar uma imagem final que persista, ainda que aquele grupo de pessoas não exista mais.  

 CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: Livre

 Para informações de ingressos, acesse: https://mitsp.org/2025/ingressos-2025/

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