Público na Adoniran junta-se à cantora nos momentos de canto de coral
Por Alexandre César | Redação CCSP | Fotos: Acervo pessoal
15/12/2025
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Na noite do último domingo, 14.12, a cantora Marina Melo lançou o seu mais novo disco, Ousar Abrir, que contou com um bom público na Sala Adoniran Barbosa, no Centro Cultural São Paulo (CCSP). Na ocasião, a artista recebeu a presença do também cantor e compositor Maurício Pereira.
Contar histórias e estórias é uma das marcas registradas da cantora, que narrou suas fontes de inspirações em cada uma das canções, exaltando a família, construções que não mais existem na Cidade de São Paulo, seus amigos, e a saudade de experiências antigas, recentes e daquelas que não viveu, mas que escutou dessas pessoas.
Eu amo Centro Cultural São Paulo. Eu amo essa sala Adoniran Barbosa. E o meu trabalho é um trabalho que fala muito da cidade de São Paulo. Então, lançar ele num lugar chamado ‘Centro Cultural São Paulo’, e que tem essa graça de reunir pessoas que fazem o que gostam. Então, aqui tem gente dançando, tem gente jogando xadrez, tem gente estudando, tem gente deitada no gramado. É muito bom, não é? Um lugar de lazer, numa cidade tão dura. Então, eu queria que fosse aqui e foi. Meu disco fala dos meus amigos, dos meus familiares, meu pai, minha avó… esse é um trabalho que fala muito do tempo em muitas camadas. Ele fala, tamém, do passado, do presente, do futuro, fala das memórias, fala da perspectiva do que está por vir, mas daí não tinha como falar não falar de saudade. Porque eu sou uma pessoa saudável – resumiu Marina Melo.
Parceiro em duas músicas no palco, Maurício Pereira foi bastante ovacionado pelo público, que aliás, foi também participante do show quando a cantora pediu para acompanhá-la em palavras, frases e onomatopeias em cantos de coral.
Marina é uma cantora paulistana bem interessante, eu achei que ela leu a cidade com muita elegância. É, elegância de poeta, de quem tem um verbo bacana. E eu achei o show de lançamento do disco muito interessante, porque ela não botou uma banda comum. Ela pôs eletrônicas diferentes de uma banda habitual (com uma bicicleta, mesa eletrônica e violões). Então, é isso aí, um belíssimo trabalho – disse Maurício Pereira.
Presentes na plateia, os músicos Paulo Ohana, que veio homenageando o Estado do Pará em sua camisa, e Davi Fonseca foram só elogios ao show e à produção como um todo.
Olha, eu acho que é um é um trabalho que tem uma identidade sonora é muito interessante. É uma Música Popular Brasileira, uma canção brasileira contemporânea, também com uma linguagem sonora muito interessante, misturando o violão com os sons eletrônicos. Então, acho que é um trabalho que tem essa identidade muito forte. A Marina tem uma relação muito forte com a cidade de São Paulo, nas canções dela, a cidade que onde ela nasceu. E eu acho muito interessante como ela traz a cidade, além de outras coisas, outras temáticas que são muito caras a ela, para esse disco e para o show que a gente viu – explicou Paulo Ohana.
Eu amei o show, eu me diverti muito, me emocionei em vários momentos, eu sinto que a Marina faz uma música que traz muito dessa canção maravilhosa que existe em São Paulo, da cidade que a gente conhece, de um legado que já vem de décadas e décadas de grandes compositores e compositoras. E eu sinto que ela vem carregando esse bastão, aprofundando as raízes nessa terra aqui com a antena aberta para coisas que estão acontecendo no Brasil hoje e esteticamente muito rico, assim, muito cheio de sonoridades que provocam a gente, que deixam a gente em alerta – encerrou Davi Fonseca.
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