Made in Brazil esbanja vitalidade na Adoniran Barbosa

Por Alexandre César | Redação CCSP | Fotos: Arquivo pessoal

Neste domingo, 25, a Sala Adoniran Barbosa recebeu um dos maiores ícones do Rock nacional, a Banda Made in Brazil, que este ano comemorou 58 anos de atividade, uma festa digna da Virada Cultural e no mês de aniversário de 43 anos do Centro Cultural São Paulo (CCSP). Fundada em 1967, a Made in Brazil fez jovens de todas as idades abalarem as estruturas do local.
Condicionado em uma cadeira de rodas devido a Acidente Vascular Cerebral (AVC) em 2020, o baixista e vocalista Oswaldo Vecchione esbanjou jovialidade ao cantar por mais de uma hora os grandes sucessos da banda, que estão na cena cultural do Rock desde os anos 60. No repertório, a plateia cantou junto singles como: Anjo da Guarda, Paulicéia Desvairada, Rock de São Paulo, Jack, o Estripador e tantos outros.

Durante a apresentação, Vecchione aproveitou para contar histórias curiosas do passado da banda, das vezes em que dividiram palco com outros grandes músicos do Rock nacional, tais como Raul Seixas, Rita Lee, Erasmo Carlos e outros. Mas o que fez o público cair na gargalhada foi um fato de sucesso nos anos 80: “Nos anos 80, a gente fez mais de 300 shows em um ano, foi quando o Rock esteve em alta, tocamos mais do que uma dupla sertaneja”, disse.

Formada por uma maioria de músicos com mais de 50 anos, a Made in Brazil executa um som potente, como se todos eles tivessem 18 anos de idade. E uma das principais marcas desse conjunto é a rotatividade de artistas que já fizeram parte deste panteão, pois mais de 120 integrantes estiveram em suas fileiras, marca que está no Guiness Book como banda com o maior número de membros já visto.

O cenário do Rock and Roll mudou muito desde que fundamos a banda, mas a Made in Brazil mantém uma linha tradicional linkada ao Rock dos anos 50, depois, mesclamos com o Blues e o Rock pesado dos anos 80, até que voltamos para o tradicional novamente. Já tocamos aqui em outras vezes, e o CCSP é um espaço maravilhoso, que não traz só música, mas também outros tipos de espetáculos, como peças de teatro e outras manifestações – salientou Oswaldo Vecchione.

Ao final do show, o público sentiu a emoção de uma das músicas executadas da Made: “Minha Vida é Rock’n Roll”, cantando, dançando, balançando as cabeças e fazendo o gesto da Mão Chifrada. É o CCSP na veia!!!

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