Alessandra Negrini e outras celebridades comparecem a Praça das Bibliotecas

Por Alexandre César | Redação CCSP | Fotos: Acervo pessoal

29/09/2025

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Uma constelação de astros e estrelas esteve presente na Praça das Bibliotecas do Centro Cultural São Paulo (CCSP), no último sábado, 27 de setembro, para o lançamento do livro Poemas Selecionados, do músico, escritor, ator, cineasta e compositor Jorge Mautner.

No alto de seus 84 anos, o artista fez uma apresentação musical com alguns de seus sucessos ao lado da filha Amora e da neta Júlia, amigos e fãs. O público cantou em todas as músicas, mas no final, explodiu em alegria quando ele interpretou Maracatu Atômico, canção em parceria com Nelson Jacobina.

Entre os convidados, estiveram presentes o artista plástico José Roberto Aguilar, e a atriz Alessandra Negrini, que foram muito procurados pelos fãs para autógrafos e fotos. Alessandra, com sua eterna simpatia, esperou calmamente na fila, que contava com mais de 50 pessoas, para ter seu exemplar autografado. Após ganhar um beijo do ídolo, soltou um sorriso mais bonito do que se vê nas telas.

Achei muito emocionante, muito bonito. E um privilégio poder vê-lo em cena, imperdível. Difícil dizer o que mais gostei, se da música ou da poesia, é meio impossível de responder. São as duas coisas, não é? Estou muito emocionada de ter vindo, muito feliz de ter conseguido vir e vê-lo de perto – limitou-se a dizer a atriz.

Pertencente de uma geração onde a fina-flor da Música Popular Brasileira eclodiu em todo o País, Jorge Mautner destacou-se em vários campos das artes. É autor dos livros Deus da Chuva e da Morte, vencedor do Prêmio Jabuti de Literatura (1962), e Fragmentos de Sabonete (1973). No Cinema, atuou como roteirista ao lado de Neville d’Almeida, no filme Jardim de Guerra (1968), sendo uma obra censurada pelo Regime Militar.

Ainda no Cinema, atuou com Gilberto Gil, Caetano Veloso, José Roberto Aguilar, Péricles Cavalcanti, e Leilah Assumpção, no filme O Demiurgo, de 1970, também censurado pelos militares. Gravou ao todo 12 discos, sendo sua obra mais lembrada Maracatu Atômico, eternizada com as interpretações de Gilberto Gil em 1974, no disco Cidade do Salvador, e pela banda Nação Zumbi, em 1996, no álbum Afrociberdelia.

No encerramento da cessão de autógrafos, um jornalista que fazia a cobertura do evento, aproximou-se do autor, e disse: “Em nome de todo o povo do Nordeste, especialmente de Pernambuco, agradeço ao senhor por ter composto Maracatu Atômico, o nosso muito obrigado”. Ao que o fluminense Jorge Mautner sorriu e agradeceu o gesto.

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