Ikigai cinema – razão de viver 生きがい

11 a 23/07

  • Confira a programação completa abaixo 
  • Sala Lima Barreto
  • Classificação indicativa: livre
  • Grátis
  • Ingressos disponíveis na bilheteria 1 hora antes
  • É recomendado o uso de máscara

O conceito de ikigai (生きがい)é a representação de ações que impulsionam qualquer pessoa a seguir a sua rotina no encanto da vida, não necessariamente a partir de grandes acontecimentos. Embora ikigai seja um termo de difícil tradução, tem sido considerado por pesquisadores de áreas diversas como razão de viver. Dentro desta filosofia um dos diretores de cinema que mais persegue esse sentimento na contemporaneidade é Hirokazu Koreeda, que possui uma extensa filmografia focada no núcleo familiar enquanto enfrentam sua rotina buscando alguma iluminação em suas vidas. Koreeda não foi o primeiro que se encantou em captar essa filosofia, e diretores como Yasujiro Ozu e Mikio Naruse também compartilharam essa mesma visão de mundo. 

Em parceria com a Fundação Japão, a mostra “Ikigai cinema – razão de viver” traz uma retrospectiva do diretor Hirokazu Koreeda, além de títulos clássicos de Ozu e Naruse,  que juntos, somam essa poesia do cotidiano. Além de duas palestras que vão abordar tanto os filmes exibidos quanto se aprofundar na filosofia Ikigai em sua origem budista. 

PROGRAMAÇÃO

11/07

17h Quando a Mulher Sobe a Escada

19h Ninguém Pode Saber

12/07

17h Pai e Filha

19h30 Vida de Casado

13/07

15h Quando a Mulher Sobe a Escada

17h O Que Eu Mais Desejo 

19h30 Nuvens Flutuantes

14/07

15h Vida de Casado

17h Pais e Filhos 

19h30 Pai e Filha

15/07

15h Palestra Fundação Japão: Construção de família e sociedade nas narrativas de Hirokazu Kore-eda

Mediadora: Cacau Ideguchi

Convidada: Christine Greiner

17h Assunto de Família

19h30 Broker

16/07

15h Pais e Filhos

17h30 Nossa Irmã Mais Nova

20h Depois da Tempestade

18/07

17h Assunto de Família 

19h30 Era uma Vez em Tóquio

19/07

15h O Que Eu Mais Desejo

17h30 Nossa Irmã Mais Nova

20h Pai e Filha 

20/07

15h Quando a Mulher Sobe a Escada 

17h Bom Dia

20h Depois da Tempestade

21/07 (Sala Paulo Emílio)

16h Ninguém Pode Saber 

19h30 Nuvens Flutuantes 

22/07 (Sala Paulo Emílio)

15h Palestra Fundação Japão: Como a arte é importante para alcançar o IKIGAI e ter uma vida plena?

Mediadora: Cacau Ideguchi

Convidados: Monge Daiko Krauss, e Mari Sugai

17h Bom Dia

19h30 Era uma Vez em Tóquio 

23/07

15h Quando a Mulher Sobe a Escada

17h Broker 

19h30 O Que Eu Mais Desejo 

FILMES

PAIS & FILHOS, de Hirokazu Kore-eda

Soshite Chichi ni Naru, Japão, 2013, 121 min, DCP, 12 anos

Com Masaharu Fukuyama, Machiko Ono, Lily Franky

Esta é a história de um grande homem de negócios, obcecado pelo dinheiro e pelo sucesso. Sua vida sofre uma grande transformação quando ele descobre que está criando o filho de outro homem há seis anos, já que seu filho biológico foi trocado por engano na maternidade.

ASSUNTO DE FAMÍLIA, de Hirokazu Kore-eda

Manbiki kazoku, Japão, 121 min, DCP, 16 anos

Com Lily Franky, Sakura Andô, Mayu Matsuoka

Depois de uma de suas sessões de furtos, Osamu e seu filho se deparam com uma garotinha. A princípio eles relutam em abrigar a menina, mas a esposa de Osamu concorda em cuidar dela depois de saber das dificuldades que enfrenta. Embora a família seja pobre e mal ganhem dinheiro dos pequenos crimes que cometem, eles parecem viver felizes juntos até que um incidente revela segredos escondidos, testando os laços que os unem.

BROKER – UMA NOVA CHANCE, de Hirokazu Kore-eda

Beulokeo, Japão, 2022, 129 min, DCP, 14 anos

Com Song Kang-Ho, Dong-won Gang, Doona Bae

Broker – Uma Nova Chance é um filme sobre pacotes e caixas. Mas não quaisquer pacotes e caixas. Nessas caixas, pessoas deixam anonimamente seus bebês indesejados. O filme segue dois corretores que vendem os bebês órfãos, contornando a legislação da adoção convencional, para casais ricos que não podem ter filhos. Depois que a mãe biológica de uma criança surpreende a dupla ao retornar para garantir que seu filho encontre um bom lar, os três embarcam em uma jornada para encontrar o casal certo, construindo sua própria família improvável. Prêmio de melhor ator para Song Kang-Ho no Festival de Cannes 2022.

NOSSA IRMÃ MAIS NOVA, de Hirokazu Kore-eda

Umimachi Diary, Japão, 2015, 128 min, DCP, 14 anos

Com Haruka Ayase, Masami Nagasawa, Kaho

Sachi, Yoshino e Chika são irmãs e vivem juntas em uma casa que pertence à família há tempos. Apesar de não verem o pai há 15 anos, elas resolvem ir ao seu enterro. Lá conhecem a adolescente Suzu Asano, sua meia-irmã. Logo as três irmãs convidam Suzu para que more com elas. O convite é aceito e, a partir de então, elas passam a conviver juntas e aprendem os pontos sensíveis relacionados ao pai em comum.

DEPOIS DA TEMPESTADE, de Hirokazu Kore-eda

Umi yori mo Mada Fukaku, Japão, 2016, 118 min, DCP, 14 anos

Com Hiroshi Abe, Yoko Maki, Kiki Kirin

O Japão está prestes a receber o 23º tufão do ano. A matriarca Yoshiko, uma mulher idosa que mora sozinha, recebe a visita de dois filhos que não costumam ir à sua casa: Ryota, um escritor fracassado que ainda sofre com o divórcio e se arrisca fazendo bicos de detetive, e a filha mais velha, que tenta passar por exemplo da família, mas também tem seus problemas. Juntos, eles aguardam a chegada do tufão e relembram a morte recente do pai e marido.

O QUE EU MAIS DESEJO, de Hirokazu Kore-eda

Kiseki, Japão, 2012,128 min, DCP, 12 anos

Com Koki Maeda, Ohshirô Maeda, Ryôga Hayashi

Na ilha japonesa de Kyushu, dois irmãos são separados após o divórcio dos pais. O mais velho, Koichi, foi morar com sua mãe na casa dos avós, localizada no sul da ilha, numa área campestre perto do preocupante vulcão Sakurajima. O irmão mais novo, Ryunosuke, manteve-se com o pai, guitarrista, no norte da ilha, região moderna e industrializada.

NINGUÉM PODE SABER, de Hirokazu Kore-eda

Dare mo shiranai, Japão, 2003, 141 min, DCP, 16 anos

Com Ayu Kitaura, Hiei Kimura, You

Quatro irmãos mudam-se com sua mãe para um pequeno apartamento em Tóquio, sendo que todos têm pais diferentes. As crianças nunca foram à escola e apenas o filho mais velho entra caminhando normalmente no novo apartamento, com os outros chegando escondidos em malas. Ninguém pode ficar sabendo que mais de três pessoas vivem ali, sob o risco de serem expulsos. Tudo vai bem até que, um certo dia, a mãevai embora, deixando para o filho mais velho, Akira, de 12 anos, um bilhete e um pouco de dinheiro. Começa então o duro processo de amadurecimento precoce de Akira.

ERA UMA VEZ EM TÓQUIO, de Yasujirô Ozu

Tôkyô monogatari, Japão, 1953, 136 min, DCP, 12 anos

Com Chishû Ryû, Setsuko Hara, Haruko Sugimura

Um casal de idosos deixa sua filha no campo para visitar os outros filhos em Tóquio, cidade que eles nunca tinham ido. Porém os filhos os recebem com indiferença, e estão sempre muito atarefados para terem tempo para os pais. Apenas a nora deles, que perdeu o marido na guerra, parece dar atenção aos dois. Quando a mãe fica doente, os filhos vão visitá-la junto com a nora, e complexos sentimentos são revelados.

PAI E FILHA, de Yasujirô Ozu

Banshun, 1949, Japão, 108 min, DCP, 12 anos

Com Chishû Ryû, Setsuko Hara, Yumeji Tsukioka

Norik tem 27 anos de idade e ainda vive com o seu velho pai, o senhor Somiya . O pai é um professor viúvo que deseja casar sua filha, que de acordo com a sociedade, está na hora de entrar em um casamento. Só que Noriko quer continuar cuidado do pai e vivendo com ele para que o velho homem não se sinta sozinho. Ele então, vai fingir estar se casando de novo para que a filha não tenha culpa de se casar e ir embora.

BOM DIA, de Yasujirô Ozu

Ohayô, Japão, 1959, 93 min, DCP, 10 anos

Com Keiji Sada, Yoshiko Kuga, Chishû Ryû

1959, uma novidade vem abalar um tranquilo bairro da periferia de Tóquio: um jovem casal comprou uma TV e todos os garotos do bairro vão à sua casa assistir ao torneio nacional de “sumo”, ao invés de estudar. Dois destes garotos, os irmãos Isamu e Minoru pedem aos pais que comprem uma TV. Os pais recusam, e em represália os dois fazem uma greve de silêncio. Recusando-se a falar com os pais e com os outros colegas do bairro, os irmãos acabam provocando uma série de situações embaraçosas.

QUANDO A MULHER SOBE A ESCADA, de Mikio Naruse

Onna ga Kaidan wo agaru toki, Japão, 1960, 111 min, DCP, 14 anos

Com Hideko Takamine, Masayuki Mori, Reiko Dan

Uma atraente viúva é forçada a ganhar a vida como hostess de um bar. Ela sabe que, se perder o emprego, a única profissão aberta a ela á a mais velha do mundo. Mas quando o pior acontece, ela aprende a viver consigo mesma, mesmo à custa de seus valores.

NUVENS FLUTUANTES, de Mikio Naruse

Ukigumo, Japão, 1955, 123 min, DCP, 14 anos

Com Hideko Takamine, Masayuki Mori, Mariko Okada

Nuvens Flutuantes, um dos filmes mais intensos e tristes de Naruse, conta uma história de amor e desamor, que se desenrola ao longo de vários anos, com os encontros, desencontros e reencontros entre uma mulher e o seu amante.

VIDA DE CASADO, de Mikio Naruse

Meshi, Japão, 1951, 97 min, DCP, 14 anos

Com Ken Uehara, Setsuko Hara, Yukiko Shimazaki

Michiyo e Hatsunosuke moram em Tóquio e são casados há cinco anos. O marido trabalha como corretor em uma empresa de valores e é transferido para Osaka. As insatisfações de Michiyo em relação ao casamento ficam cada vez mais evidentes quando eles se mudam para um bairro humilde da cidade. A chegada da sobrinha de Hatsunosuke na casa deixa Michiyo extremamente incomodada e, por conta disso, ela tome uma drástica decisão: voltar para Tóquio e construir uma nova vida, independente do marido.

Sobre os convidados:

Cacau Ideguchi

Jornalista especializada em cultura e mestra em Língua, Literatura e Cultura Japonesa pela FFLCH – USP; suas pesquisas concentram-se nas áreas de artes, cinema e estética japonesas. Produtora de conteúdo no JAPONI.

Christine Greiner

Professora livre-docente da PUC-SP. Ensina no curso de Comunicação das Artes do Corpo e no Programa de Estudos Pós-Graduados em Comunicação e Semiótica, onde coordena o Centro de Estudos Orientais. É autora de Leituras do Corpo no Japão e suas diásporas cognitivas (2015) e Fabulações do corpo Japonês e seus microativismos (2017), entre outros livros e artigos publicados no Brasil e no exterior. Foi bolsista da Fundação Japão, do Centro Nichibunken e da Universidade Rikkyo, tendo realizado diversos estágios de pesquisa no Japão, desde 1995.

Monge Daiko Krauss

Daiko Krauss iniciou a vida Budista em São Paulo em 2008 sob orientação da Monja Coen Roshi. Praticou por sete anos no templo Tenzui, treinou no mosteiro de Daiyuzan Saijoji no Japão por um ano e viveu no Zen River Temple na Holanda, além de ser formado em Cinema. Também foi aluno de Michel Dubois, em Paris.

Mari Sugai

Pós-doutoranda do Programa de Pós-graduação em Língua, Literatura e Cultura Japonesa da Universidade de São Paulo. Doutora pela Universidade Federal da Paraíba (sobre o filme ˜Seguindo em frente˜ [2008], de Hirokazu Koreeda). Mestre pela Universidade de São Paulo (sobre o longa-metragem “Encontros desencontros” [2003], de Sofia Coppola). Graduada em Cinema pela Faculdade Armando Álvares Penteado (FAAP). Atuou em produções audiovisuais, como: “Carandiru – Outras histórias”, “Garotas do ABC” e outros; e como docente em instituições de ensino superior. Atualmente é pesquisadora da cultura e cinema japonês (em especial de Koreeda), espacialidade fílmica e elementos visuais.

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