São Paulo, 14 de março de 2025

É com grande entusiasmo que anunciamos que daqui 60 dias, a contar desta data, teremos a conclusão das obras e a iminente inauguração de um novo marco em nossa comunidade. Após meses de dedicação, planejamento e trabalho árduo, estamos prestes a entregar um espaço moderno e inovador que trará benefícios significativos para toda população paulista. O atraso na entrega se dá por três motivos: a interferência da condição climática, as surpresas no decorrer das obras e o compromisso em manter a população, os artistas e os funcionários, seguros, pois optamos por não fechar o CCSP.

A preocupação sempre foi seguir as ordens de segurança e zelo. “Essas obras demoraram um pouco porque evitamos usar a britadeira no período que tivesse público. Eles (técnicos) trabalhavam das 7h às 10h da manhã, para poder abrir o prédio às 10h e não ter som. E assim foi indo. Então isso fez com que atrasasse um pouco mais as obras. (…) a gente tem que pensar em tudo, no bem-estar, na segurança, para que ninguém venha a se acidentar. Também temos que garantir a locomoção dos operários para eles poderem trabalhar adequadamente!”, pontua Silvana Silva, supervisora do Núcleo de Gestão do CCSP.

Outro fator importante é que as obras foram realizadas em conformidade com as diretrizes de tombamento, como lembra Zilah Florence, arquiteta responsável pela obra: este prédio foi inaugurado em 1982 e desde essa data, a vida útil dos materiais foi se deteriorando, como as impermeabilizações, os sistemas hidráulicos, de drenagem, enfim, tudo o que envolveu o processo construtivo de um equipamento com cerca de 54.000 m², incluindo um Piso técnico. Portanto, é necessário respeitar tanto o projeto original quanto estudar, planejar e executar manutenções prediais preventivas e corretivas. Principalmente porque o CCSP precisa continuar a ser esse conjunto ferro-vidro-aço, único desde que foi construído e tão inovador como quando foi inaugurado”.

Até a inauguração, o público pode esperar menos ruídos e um gradativo retorno nas rotas de circulação. Uma obra como essa vamos ter a oportunidade de ter os espaços totalmente abertos e funcionais. “O impacto social é devolver à população espaços com mais segurança, com mais possibilidade de uso livre e espontâneo, ampliar a possibilidade de ocupação dos pisos devido às obras, necessárias em um equipamento cultural deste porte”, afirma Zilah.

No dia 10 de janeiro de 2024 houve uma chuva muito forte que acabou com o prédio. “Jorrou água para todos os lados, algo fora do comum. Na ocasião, tínhamos perdido um contrato com a manutenção. Tudo aconteceu junto! Fomos em busca de obras porque não era coisa de reparo (…).Iniciamos a fazer melhorias, porém, no processo, tivemos surpresas: com as fortes chuvas, ventos e granizo em grande volume, comprometeram o cronograma de trabalhos previsto inicialmente. Agora estamos nos ajustes finais”, lembra Silvana.

E graças ao esforço coletivo as obras realizadas, (em fase de finalização) permitiu:

– Impermeabilização das juntas de dilatação na lateral da Avenida 23 de Maio e faixas laterais
– Solução de vazamentos que afetam essas áreas internamente
– Substituição dos vidros da fachada Vergueiro para melhorar segurança e iluminação interna
– Melhorias com troca de impermeabilizações em áreas com problemas nos pisos inferiores
– Revisão dos sistemas de drenagem reduzindo drasticamente infiltrações e vazamentos
– Troca de mantas de impermeabilização em calhas laterais a espaços de grande circulação
– Recuperação de coberturas zenitais com aplicação de produtos e lixamento

Esse projeto representa um importante passo para o desenvolvimento local e vai transformar o cotidiano de todos, criando novas oportunidades e contribuindo para o bem estar da população. Fique atento, pois em breve celebraremos juntos esse grande momento.

“Estamos ansiosos para compartilhar essa conquista com todos e seguir construindo um futuro ainda melhor para nossa comunidade. Agradecemos a todos pelo apoio, paciência e confiança, e convidamos você a acompanhar os últimos detalhes dessa realização tão aguardada. Um trabalho pensado com amor e respeito a todos que fazem parte do Centro Cultural São Paulo”, finaliza Dandara Almeida, diretora do CCSP.

 

 

Você sabia?

– As peças utilizadas na obra foram feitas aqui mesmo na época que o Centro foi construído, então a reforma foi necessária por se tratarem de peças insubstituíveis
– O CCSP faz 43 anos no dia 13 de maio
– Após a cerimônia de inauguração, os presentes percorreram as dependências do edifício, assistiram a espetáculos musicais com o Coral Paulistano e com o pianista João Carlos Martins e puderam apreciar as obras em exibição na Pinacoteca.
– A CCSP foi criado pelos arquitetos: Eurico Prado Lopes e Luiz Telles
– O primeiro diretor do Centro Cultural São Paulo foi o arquiteto Ricardo Ohtake, no período de 1979 a 1981
– O Centro Cultural São Paulo é tombado pelo patrimônio
– A atual diretora, Dandara Almeida é a primeira negra a ocupar o cargo

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