Hoje, 5 de maio, celebra-se o Dia Internacional da Língua Portuguesa, data que remete a expressão de culturas e a mais de 265 milhões de falantes, sendo também a língua mais utilizada no hemisfério sul, oficial em Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Princípe e Timor-Leste.
Nestes países, além dos cânones, como Fernando Pessoa e Machado de Assis, passamos a reconhecer as conquistas de autoria feminina muito promissoras na língua portuguesa. Saindo da representação na literatura para tornarem-se autoras, são expoentes na produção de discursos que despertam para vivências singulares e coletivas da negritude em diferentes contextos.
Entre as escritoras que representam essa geração, Grada Kilomba, por exemplo, tem uma produção polivalente desde a própria escrita até a relação com artes e psicanálise. Autora do livro Memórias da Plantação: Episódios de Racismo Cotidiano, aborda com muita sensibilidade a sua própria experiência e da população negra diaspórica em relação ao racismo, ao colonialismo e a sua subversão a partir da negritude, buscando apresentar um processo de subjetivação da imagem do negro por meio da memória e do esquecimento.
A escritora moçambicana Paulina Chiziane também é outro dos grandes nomes do cenário literário contemporâneo de língua portuguesa. Suas obras de ficção apresentam narrativas que alertam para a exploração feminina e o sistema machista, sendo também reconhecidas pela riqueza em termos de liberdade criativa e inovação de estilo literário.
Texto: Equipe das Bibliotecas do CCSP
Foto: Grada Kilomba
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