Amanhã, 25 de julho, celebra-se duas datas distintas: o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e o Dia da Escritora e do Escritor.
Desde o começo da história do Brasil pode-se ouvir o eco de vozes de mulheres intelectuais que pensam o Brasil como ele é (habitado, mantido e construído em maioria pela população preta e feminina). No entanto, poucas dessas vozes femininas habitaram efetivamente o nosso repertório. Hoje, com algum aumento na proporção de discussões desse tipo, temos a oportunidade de cultivar e restaurar a figura da escritora no nosso imaginário.
Mais do que informativa, a ótica teórica e social de autoras como Maria Beatriz do Nascimento, Lélia Gonzalez, Conceição Evaristo e Djamila Ribeiro é preciosa e necessária para nossa compreensão do passado, leitura do presente e projeção do futuro. Hoje, mais que nunca, são figuras como essas que apontam o caminho para uma sociedade mais justa e um pensamento menos viciado nos velhos moldes.
O CCSP também homenageia a filósofa e escritora Sueli Carneiro, ativista essencial para discussão da mulher negra e brasileira. A criadora do Geledés – Instituto da Mulher Negra, em seus recém-completados 70 anos, é uma verdadeira entidade de potência, coragem, consciência e generosidade.
Conhecer brasileiras que se muniram de conhecimento e se fortaleceram da própria cultura e ancestralidade é mais que oportunidade: é urgência. Que neste 25 de julho possamos celebrar a potência de mulheres pretas que fazem da escrita e da pesquisa poderosas armas de combate.
Texto: Isabela Pretti