23 e 24/8

Expressar ideias com nossos corpos não é uma promessa de estabilidade, paz ou de um futuro idealizado de bem-­‐estar. Pelo contrário, é um grito de alerta – uma convocação para considerar as negações, as exclusões e as distinções que nos são impostas enquanto seres humanos. Trata-­‐se de expor, através do movimento, as camadas de violência simbólica e estrutural que nos atravessam, e de provocar uma reflexão crítica sobre aquilo que é silenciado, rejeitado ou marginalizado em nossa existência coletiva.
Nos termos de Foucault, um “corpo dócil” refere-­‐se a um corpo que foi submetido a técnicas disciplinares e, por isso, é treinado para ser obediente, útil e conformar-­‐se às normas sociais. Trata-­‐se de um conceito fundamentado na ideia de que o poder não opera apenas por meio da coerção, mas também através de mecanismos sutis e muitas vezes invisíveis que moldam os comportamentos dos indivíduos e os tornam suscetíveis ao controle.
Nós somos corpos dóceis, nos infiltramos na existência e nas suas realidades, mas não somos corpos passivos. Nós reagiremos à violência ou doçura, examinaremos e nos infiltraremos através denossos corpos, lançando nossa mensagem profunda.]

Participantes: Cia de Danças de Diadema

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