23 e 24/08
- Sábado e Domingo às 15h
- Rampa Metrô Vergueiro
- Classificação indicativa: livre
- Grátis
- Sem necessidade de retirada de ingressos
Quem é Lili? E que histórias são essas que Lili conta cantando?
Lili é uma garotinha que nasceu numa ilha no norte do Brasil, no coração da Amazônia: a Ilha do Mosqueiro. Ela é descendente da etnia indígena Tupinambá.
A oralidade, as rodas de dança, canto e contação de histórias são práticas de seu povo que, apesar de enfraquecidas pela colonização, seguem como sabedoria ancestral em retomada. São sementes vivas, que ajudam a resgatar o passado e criar novos presentes e futuros para meninas como ela
Curiosamente, é em São Paulo — e não nos territórios do Norte — que Lili conhece seus primeiros amigos: Gabi e Bruno, também amazônidas e contadores de histórias. Esse encontro fora do lugar de origem já diz muito sobre como o Brasil funciona. Na cidade grande e cinza, os três se lançam numa jornada para reencontrar os rios soterrados pelas construções, salvar a natureza, as águas e, com elas, a relação entre as pessoas e o mundo. E claro: contam tudo isso em forma de canções.
Bruno veio de Manaus, Gabi de Itacoatiara — ambas cidades do Amazonas — e Liège, que dá vida a Lili, veio de Belém do Pará. Todos precisaram “trocar de pele” ao chegar na cidade de concreto. Ao se conhecerem, descobrem semelhanças e diferenças, aprendendo como o Norte se cruza (ou não) com o resto do Brasil — e o que significa existir sendo do Norte, estando fora dele.
O final da história surpreende: fala sobre legado, sobre o poder das águas e como o encontro delas espelha o encontro dessas três crianças. Uma viagem que revela a força dos saberes ancestrais e sua importância para garantir futuros possíveis. Tudo isso cantado — e depois, cantarolado — por quem embarcar com eles.
Participantes: Líège, Gabrielle Farias Lopes e Bruno Mattos de Sá