24 artistas plásticos estarão em cartaz até novembro deste ano

Por Alexandre César | Redação CCSP | Fotos: Acervo pessoal

25/08/2025

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O Centro Cultural São Paulo (CCSP) lançou no último sábado, 23, o 34º Programa de Exposições, sendo a tradicional mostra de arte, que está disposta nos Pisos Caio Graco e Flávio de Carvalho, reunindo 24 aristas plásticos, que ficará em cartaz até 23 de novembro deste ano.

São dezenas de obras espalhadas pelos espaços do CCSP, com seleções de esculturas, pinturas e fotografia, dos seguintes artistas:

Alan Oju, Aline Bagre, André Felipe Cardoso, Dani Shirozono, Desirée Feldmann, Edu Silva, Elton Hipólito, Estêvão Parreiras, Fefa Lins, Flávia Ventura, Gabriela Sacchetto, Gina Dinucci, Jasi Pereira, João Guilherme Parisi, Lucas Almeida, Luiza Sigulem, Marcel Diogo, Mariana Rocha, Mestre Aécio de Zaira, Nita Monteiro, Pedro Neves, Tetê Lian, tetê e Victor Fidelis.

A exposição foi oficialmente aberta pelo diretor do CCSP, José Mauro, que deu boas vindas na cerimônia de abertura.

É um enorme prazer o Centro Cultural São Paulo receber a todos neste evento que é tão tradicional em nossa Cidade, onde artistas de visão nacional podem nos agraciar com suas obras. Convidamos a todos a fazer parte dessa história. Muito obrigado – disse o diretor.

Na exposição Entre, Edu Silva faz uma mistura de materiais ordinários com elementos nobres, como ele próprio explicou:

Eu acho que a pesquisa se desdobra em cima dos meus interesses, sobre questões de identidade, sobretudo, questões sobre a diferença de classe social. As escolhas de materialidades, elas não são aleatórias. Eu tento trazer o mármore como uma representação de um material nobre, e assim, contrapô-lo como um material ordinário, que seria o papelão. A ideia é o embate, uma pessoa fazendo uma leitura visual do trabalho, ela já começa a identificar alguns elementos que sugiram, algo que levante esse debate sobre pertencimento, sobre território. Na exposição, eu apresento seis trabalhos, sendo todos eles com esse contraste sobre materialidades – disse o artista.

Já na inquietante Pele Inquieta, Mariana Rocha traz uma analogia sobre o interior do corpo humano e das profundezas do oceano.

A exposição pele inquieta, esse título veio de estudos que eu faço sobre o fundo do mar. É pensando esse interior do mar como um análogo ao interior do corpo. Então, pensando o mar também como uma pele. Mais especificamente, eu me interesso muito por moluscos como o polvo, e aí, eles têm essa capacidade de se camuflar, de se transformar. Eu procuro trazer isso nas minhas pinturas, criando essas camadas e usando cores vibrantes, também me interesso por seres bioluminescentes, e aí as pinturas cada vez mais têm trazido essas cores brilhantes. Para além disso, eu penso muito no corpo humano, pelo fato dele ser feito em sua maior parte de água, eu faço essa comparação entre o interior do corpo e o interior do mar, das águas, mas penso também nessas águas serem além de berço da vida, elas também são berço da morte, os mares também são grandes cemitérios. Penso muito na travessia forçada de pessoas traficadas do continente africano, para as Américas, e a partir disso, eu tento reformular as histórias, ficcionar de alguma maneira, criar outras possibilidades de contar essas histórias, de repensar essas histórias – declarou.

Em Sample, Lucas Almeida faz um recorte de obras de Candido Portinari, Di Cavalcanti, assim como de músicos, escritores e outros artistas para compor suas peças.

Esses trabalhos que eu estou apresentando aqui no CCSP têm como ideia inicial o Sample, que é um recorte de um trecho de uma música, isso é muito comum no RAP, que é quando você faz esse movimento, de criar uma coisa nova com aquilo que já existe. Então, nos meus trabalhos, eu utilizo esse conceito para dar vida a essas obras. Então, eu vou me referenciar tanto na música como na história da arte. Na música, eu estou sempre olhando o RAP, o Jazz, às vezes o Samba. Já na História da Arte, eu estou olhando vários artistas plásticos, como Di Cavalcanti, e Portinari. Eu tento diferenciar outro artista, que é o Romare Bearden, que é um artista norte-americano. Ele participou do Harlem Renaissance, nos anos 60. E é uma referência muito grande para mim também, por conta das colagens e desse movimento de utilização do corpo negro, de uma maneira, de uma configuração que se baseia em superfícies e camadas. Eu acho que é mais ou menos isso, essa ideia de Sample retornando sempre nestes artistas e criando repetições também de símbolos e signos para criar esse universo imagético – destacou Lucas Almeida.

Serviço:

De 23/8 a 23/11

Terça a Domingo das 10:00 às 20:00
Piso Flávio de Carvalho, Piso Caio Graco
Classificação indicativa: livre
Grátis
Sem necessidade de retirada de ingressos
Confira a programação de agosto no site do CCSP.

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