Dandara Almeida

Cada Tijolinho do CCSP

Primeira mulher negra a dirigir o CCSP.
Assumiu em 2024.

“Meus pais são pessoas quilombolas. O que eu aprendi em relação à vida e à cultura foi no meu dia a dia, vindo com as minhas questões ancestrais, convivendo com a minha família, convivendo com muita música, muita dança, muita conversa, muito bate-papo…. histórias. Meu pai adorava contar histórias para a gente enquanto criança. Naquela época não tinha televisão, então, a gente ia com as historinhas dos livros e tal.”

“O Centro Cultural tem uma história muito importante na minha vida. Até porque eu utilizava o espaço para uma questão de conexão, de reflexão, de estar. Trabalhar e ser diretora do Centro Cultural para mim é uma honra. Você não escolhe trabalhar no Centro Cultural, o Centro Cultural escolhe você.”

“Eu costumo falar que não sou a diretora, eu estou diretora. Neste momento, estou diretora do Centro Cultural.”

“O Centro Cultural é quase do tamanho da cidade onde eu nasci. Se aqui tem 400 e tantas pessoas, passam 200 mil por mês, na cidade em que nasci deveria ter 80 famílias, era um quilombo. Então, o Centro Cultural é maior, é uma dimensão muito grande!”

“E estou aqui agora no Centro Cultural. E é isso que eu quero continuar fazendo, fazendo cultura e política pública, que é o que eu aprendi lá na ponta.”

“Eu sou a primeira mulher negra a sentar nessa cadeira do Centro Cultural, e farei um trabalho de acordo com o que eu acredito. O discurso de ódio não vai me barrar, o preconceito também não. Eu estou pronta. Eu cheguei aqui com muito custo. Eu sei cada caminho, e cada lugar que eu passei.”

“As pessoas não imaginam essa figura aqui ser diretora de um centro cultural, do maior da América Latina. Elas precisam ver e esperar, eu preciso mostrar muito trabalho, eu tenho que trabalhar dobrado, eu tenho que fazer muita coisa para entender,  que esse corpo aqui pode, sim, ser diretor de um Centro Cultural!”

“A nossa missão na cultura é formação, é formar, é levar conhecimento como a educação. A diversidade tem que estar dentro dessas pautas, até porque faz parte. O equipamento de cultura tem que atender a todos(…) a gente tem o Corredor da Dança, a Programação de Música e de Dança, que já faz parte do Centro Cultural, que tem essa inclusão. Essa inclusão já existe.”

“Aqui e é um espaço público, né? E a gente não pode proibir as pessoas que estão em vulnerabilidade, em situação de rua, a caminhar. Ela já está na terra também, junto com a gente. E esse espaço é público”.

Registro Oral, Escrito e Imagético das Histórias de Quem Construiu e Constrói o Centro Cultural São Paulo

Créditos

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