No coração do Centro Cultural São Paulo (CCSP), há quem encontre não apenas um trabalho, mas uma nova forma de ver o mundo. É o caso de Alessandra Vieira de Faria, encarregada de portarias, que há anos atua com dedicação e carinho no acolhimento dos frequentadores do espaço. Para ela, o CCSP é mais do que um local de trabalho: é uma experiência transformadora.
Dois momentos marcaram sua trajetória no Centro Cultural: o primeiro foi em dezembro de 2023, durante a Casa de Criadores, evento de moda que transformou o CCSP em uma verdadeira passarela de inovação e estilo. “Foi um privilégio conhecer com as meninas da minha equipe todo o glamour dos desfiles”, relembra Alessandra, com brilho nos olhos. O segundo foi no dia 1º de maio, Dia do Trabalhador, quando o jardim suspenso recebeu uma sessão de cinema ao ar livre do filme ‘Ainda Estou Aqui’. “Fomos surpreendidos por uma multidão! O espaço do jardim só comportava 200 pessoas, mas acomodamos mais de 500 no bicicletário e no foyer. Foi incrível!”

Com orgulho, ela conta que o CCSP também proporcionou algo ainda mais profundo: o reconhecimento de seus próprios interesses e paixões. “Aqui no Centro Cultural eu descobri o quanto eu gosto de exposição. Antigamente, achava que era só curiosidade, mas hoje sei que amo. O piso expositivo é maravilhoso, maravilhoso.”

Mais do que um espaço cultural, o CCSP é, para Alessandra, um universo a ser explorado diariamente. “A gente tem que trabalhar, porque daqui sai o nosso pão, mas também tem que aproveitar as oportunidades: cultura, arte e muita coisa que a gente nem sabia que era arte. Depois que você vem aqui, você vê outro mundo.”

Hoje, Alessandra entende o amor que tantas pessoas têm pelo CCSP. “Antes de vir trabalhar aqui, eu não tinha essa dimensão. Agora, tudo o que eu faço aqui é com muito amor. Amor pelo lugar, pelas pessoas, pelas coisas que acontecem aqui.” Ela define o Centro Cultural como “uma máquina que gira cultura”. E conclui: “Você tem tudo: teatro, cinema, arte, tudo num canto só. Nunca imaginei que existisse um lugar voltado só para isso. E hoje, eu vejo.”

Reportagem: Maria Paula Azevedo
Foto: Binha Sakata
Projeto: Sabrina Godoy

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