Curso visa aprimorar técnicas vocais e explorar vivências musicais dos participantes

Por Alexandre César | Redação CCSP | Fotos: Steffany Lima

05/11/2025

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Aprimorar a técnica vocal, compartilhar o repertório dos participantes, adequar a interpretação musical através da Cultura Brasileira e aliar a expressão corporal cênica de acordo com os estilos musicais são alguns dos objetivos do Curso Vivência Artística de Canto em Grupo, ministrado pela regente Débora Rangel, no Centro Cultural São Paulo (CCSP).

O curso teve início na última terça-feira, 04, e num total de 30 encontros, os participantes, como profetiza o nome, trazem suas vivências artísticas, sejam profissionais ou prazer pessoal, assim como suas bagagens culturais, através de seus repertórios, acervos e coleções que adquiram ao longo de sua trajetória na Música e no Canto.

Muitos dos participantes são cantores profissionais, compositores e instrumentistas, mas a turma também é composta por cantores amadores, e como alguns mesmos se intitularam: “cantores de chuveiro”, seja como for, o objetivo de todos está em comum: aprender ou aprimorar o Canto de Coral que, embora pareça fácil, não é bem assim.

De início, Débora Rangel distribuiu uma folha com três canções, sendo duas delas praticadas em sala: Xô, Meu Sabiá, Calango do cancioneiro nacional, e Caminho das Águas, de Rodrigo Maranhão, eternizada na voz de Maria Rita, e foi justamente nesta última que alguns alunos tiveram dificuldades com a respiração entre um verso e outro, técnica que será aprimorada em aulas futuras.

O objetivo é cantar em grupo, aprender respiração em técnica vocal, a sociabilização também, conhecer os repertórios brasileiro e tradicional, assim como o Calango, Bumba Meu Boi, o Maracatu… E por estarmos em grupo, podermos ajudar uns aos outros e não importa o nível de conhecimento musical que você tem, todas as pessoas são bem-vindas aqui. Existem vários estilos de canto para corais, mas não iremos nos preocupar com isso agora, focaremos mais a saúde vocal das pessoas, e vou querer conhecer sus vivências musicais, suas preferências, enfim, quais estilos são esses que estão chegando aqui – afirmou Débora Rangel.

Para a enfermeira Cláudia Lima, dona de uma bela e potente voz, aprender a cantar surgiu para superar um trauma da infância. A experiência a deixou tão triste que a mesma admitiu que a música deixou de fazer parte de sua vida, e que se não tomasse coragem para mudar isso, sua personalidade e alegria de viver seriam bem diferentes hoje.

Uma prima minha faleceu, e nós fomos fazer uma homenagem para ela na missa de sétimo dia. E aí, eu escolhi cantar a música do Milton Nascimento, Amigo. E acho que, na emoção, na empolgação, a gente acaba desafinando um pouco. Saí um pouco do ritmo, e algumas pessoas fizeram críticas bem negativas, outras fizeram chacota. Eu não sei explicar direito, mas eu me senti muito mal e isso me travou um pouco, nem no banheiro eu arriscava mais cantar. O amor à Música me fez voltar a cantar, sempre estou em rodas de Samba, aprecio bastante de Música Popular Brasileira, de Forró, eu gosto de sentir a música, o que ela está transmitindo para mim a cada nota. Aprender a cantar é como traduzir cada fase do som musical – relatou Cláudia Lima.

Vindo do Rio de Janeiro, o produtor musical Guto Souza espera estender seus horizontes em vários campos da Música.

Eu estou aqui em São Paulo há três anos, sou de Volta Redonda, interior do Rio de Janeiro, e lá, eu sempre participei de corais, grupos de canto, mas não vi aqui em São Paulo, até que vi a oportunidade do curo e aproveitei para me inscrever e conhecer outras pessoas que também gostam do estilo. Eu sempre fui muito curioso em relação à música, aprendi a tocar vários instrumentos já para aprender sobre produção musical, até para saber gravar um instrumento ou produzir algum estilo musical, eu me interesso da origem, de onde vem aquele som, além de toda a história, da questão física do instrumento. Aprendi primeiro o Violão, e como eu venho dos Carnavais do Rio, eu quis aprender instrumentos de sopro, como o Trombone, e depois a Tuba. Eu quis mergulhar na cultura do Carnaval de Rua, e saber a sonoridade que esses instrumentos trazem, por isso, eu desejo captar o som e produzi-lo da melhor forma – salientou Guto Souza.

Tímida, sorridente e ainda aprendendo de onde veio e para onde vai a Música Brasileira, a estudante de Artes Cênicas, da Universidade de São Paulo (USP), a belga Cecile Verwee diz ser apaixonada para desbravar a Música Afro-Brasileira e que está adorando o Brasil.

É a minha primeira vez fora da Europa, e estou adorando as aulas de Artes Cêncicas aqui, pois são mais práticas do que na Bélgica. Eu pretendo aliar a Interpretação com o Canto, e eu sinto muitas saudades dos corais que tenho em meu País e com minhas amigas que participam comigo. A música regional belga é mais ouvida pelas pessoas mais velhas, mas é diferente aqui no Brasil. Aqui, eu quero conhecer mais da Música Afro-Brasileira, das músicas regionais, sou apaixonada pela música daqui. A música do Brasil é tão alegre, dançante, a música da Bélgica é mais lenta, mais triste, são bem diferentes – disse a estudante.

Serviço:

04/11/2025 a 30/06/2026

Terças-feiras, das 19h30 às 21h30
Sábados das 15h às 17h

Cronograma dos encontros:

Novembro 04,11,18 e 25
Dezembro 02 e 09
Janeiro 20 e 27
Fevereiro 03,10 e 24
Março 03,10,17, 24 e 31
Abril 07,14 e 28
Maio 05,12,19 e 26
Junho 02, 09,16, 23 e 30

Apresentação 20 e 27/06

Sala de Ensaio 2, Lab Foto nos dias 02, 09/12/2025, 12 e 19/05/2026 o restante Sala de Ensaio 2
Grátis

Saiba mais sobre a programação do mês de novembro no site do CCSP.