Escritores, estudantes, professores e autoridades marcam o dia de abertura
Por Alexandre César | Redação CCSP | Fotos: Carlos de Jesus
20/08/2025
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Cada Tijolinho do CCSP
As portas do Centro Cultural São Paulo (CCSP) foram abertas nesta terça-feira, 19, para a segunda edição do Festival Internacional Literário de São Paulo, o FLI Sampa, uma iniciativa conjunta com a Secretaria Municipal de Educação (SME), a Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa, e a Secretaria de Relações Internacionais (SMRI).
Na cerimônia de abertura estiveram presentes Angela Gandra, secretária da SMRI, Luiz Galina, diretor regional do Serviço Social do Comércio de São Paulo (SESC-SP), a Secretária Adjunta da SMC, Ana Carolina Lafemina, o vereador Eliseu Gabriel, a assessora de Bibliotecas do CCSP, Cristine Vargas, e o secretário da SME, Fernando Padula.
A programação contará com feira de livros de diversas temáticas e editoras, para públicos de todas as idades, com palestras, saraus, contação de estórias e apresentações artísticas. O evento acontecerá, também, nos Centros Educacionais Unificados (CEUs) de toda a cidade, até sábado (23).
Esta é a segunda edição em que o CCSP, não apenas abre seu espaço, mas vive de forma pulsante e intensa a formação de um público leitor nos encontros promovidos no FLI Sampa. Ao longo desta semana, teremos aqui: escritores, editores, estudantes, professores, ilustradores, bibliotecários e tantos outros. Em nome da Supervisão de Bibliotecas do CCSP, agradecemos a todos aqui, mas em especial à Secretaria de Educação que articulou junto às editoras participantes, por meio de edital, a doação de aproximadamente 1.000 exemplares para nossas bibliotecas. Essas obras integrarão os acervos da Biblioteca Sérgio Milliet e da Gibiteca Henfil. Parte delas será transformada em livros em braille e audiolivros pela equipe da Biblioteca Louis Braille, garantindo acesso ao público com deficiência visual. Que tenhamos uma semana excelente, cheia de histórias e encontros marcantes. Aproveitem ao máximo o II FLI Sampa – abriu o festival, Cristine Vargas.
Ana Carolina Lafemina, que representou o secretário Totó Parente, em viagem oficial ao exterior, aproveitou para agradecer por mais este evento no CCSP.
Temos muito a agradecer por mais essa edição do FLI Sampa, reforçando a parceria com as secretarias e autoridades aqui presentes, ao meu querido amigo, o secretário Fernando Padula, que tanto me ensinou e ainda me ensina sobre as administrações públicas. É uma honra representar o secretário de Cultura, Totó Parente, que está numa conferência internacional, com intuito de trazer melhorias para a Cultura da Cidade de São Paulo. E eu gostaria de acrescentar que é um imenso prazer trazer mais uma edição do FLI Sampa para o CCSP, esse espaço em que temos uma das maiores bibliotecas da América Latina, e tenho certeza que este ano será melhor que o anterior, e que os que virão serão melhores ainda – destacou Ana Carolina Lafemina.
No evento, Luiz Galina destacou a importância da leitura ainda na juventude.
É um prazer imenso representar a figura do presidente Abram Szajman, do SESC, aqui, no CCSP, em mais uma edição do FLI Sampa. Nós, do SESC, em várias ações nas áreas do conhecimento e da educação, gostaríamos de adiantar a notícia de que vamos doar 15.000 livros de não ficção para as redes de bibliotecas públicas, sendo de autores conhecidos e de estreantes da área. Ficamos felizes em conhecer e acompanhar jovens escritores que já produzem trabalhos relevantes e que a partir daí podemos publicar suas obras, sendo essas um reconhecimento para as futuras gerações – frisou o diretor.
Em seu discurso, a secretária Angela Gandra fez coro ao colega, e relatou que seu apego à leitura e sua paixão por idiomas fez-se ainda na infância, sob forte influência do pai, o advogado e professor Ives Gandra Martins.
Eu tive uma infância em que meu pai incentivou muito a leitura, e isso ajudou muito na minha formação acadêmica, por isso que é preciso incentivar o gosto pela leitura desde cedo. Eu falo seis idiomas, além do Português, que são o Inglês, Francês, Espanhol, Alemão, Italiano, e Latim e já estou em busca de mais um para aprender. Os livros nos abrem fronteiras, universos, pois cada um deles nos dá uma vastidão de conhecimento e interesse em aprender – ressaltou a secretária.
No fim da cerimônia, o secretário da SME, Fernando Padula, contou sobre o livro que marcou a sua infância e sobre as políticas públicas voltadas para a Educação.
Não posso lembrar se foi o primeiro que li, mas o livro que mais marcou a minha infância foi A Ilha Perdida, de Maria José Dupré. Para mim, que sou disléxico, que preciso ler de forma mais lenta, a leitura é essencial, pois preciso compreender o que está escrito, e com o tempo, a dificuldade vai diminuindo, por isso a prática é importante. Mas também foi necessário criar estratégias, quando minhas professoras pediam a leitura na frente dos colegas, eu passava o dia anterior decorando os trechos, eu parecia estar lendo, mas estava recitando o que havia memorizado, e isso me ajudou bastante no aprendizado. Hoje, a dificuldade que os jovens possuem em adotar a leitura pelos livros é enorme, e uma medida que está sendo adotada que é a proibição do uso de celulares nas unidades escolares. Acho que isso é muito importante, porque nós estamos tendo até recreio silencioso, não é? As crianças não se falam, não jogam, não brincam, e essa interação é essencial. O outro é o papel da escola, enquanto incentivador. É necessário que as escolas possuam acervos de livros, que possuam salas de leitura e os professores precisam estimular esta leitura com os estudantes, e aí, eles vão ter este encantamento pela literatura e vão querer cada vez mais consultar admirar esta literatura. E aí nós vamos criando, uma cidade de leitores cada vez maior – encerrou Fernando Padula.
Veja a programação completa do FLI Sampa no site da SME.
