Tarde demais para o neorrealismo: o cinema de Valerio Zurlini

3/9 a 8/9

  • Terça a domingo, em diversos horários
  • Sala Circuito Spcine – Lima Barreto
  • Classificação indicativa: 14 anos
  • Grátis
  • Retirada de ingressos na bilheteria física do CCSP 1h antes de cada sessão

Um nome pouco celebrado entre os artistas mais importantes do pós-guerra na Itália é o diretor Valerio Zurlini. Como já diziam muitos dos estudiosos do diretor, seu nome surgiu tarde demais para o neorrealismo e tímido demais para dividir o cenário internacional com Olmi, Fellini e Antonioni. Escondido nesse pequeno limbo entre as gerações e com apenas oito longas-metragens, o diretor morreu prematuramente sem ter o seu nome associado aos grandes diretores de cinema da Itália. 

O neorrealismo italiano, surgido na Itália após a Segunda Guerra Mundial, foi caracterizado por uma representação realista das condições de vida das classes trabalhadoras, com Rossellini, De Sica e Visconti destacando as questões sociais e econômicas do país acima da individualidade de seus personagens. Zurlini, por outro lado, se concentrava nos dramas pessoais e psicológicos de seus personagens. Seu cinema é conhecido por um lirismo e uma introspecção que não encontrou ressonância na urgência da realidade pós-guerra, e nem nas gerações seguintes, que queriam se afastar da herança neorrealista. Embora Zurlini também abordasse questões sociais, seu enfoque era mais individualista e menos centrado nas dinâmicas de classe e na crítica social ampla que caracterizavam o neorrealismo.

A retrospectiva “Tarde demais para o neorrealismo: o cinema de Valerio Zurlini”, traz uma seleção de seus principais filmes em digital e em 35mm. Além disso, contempla seu minucioso olhar sobre o caráter, tanto em seus filmes a cores, em que pode-se ver a influência dos seus mentores artísticos, os pintores Giorgio Morandi e Ottone Rosai, quanto em suas composições em preto e branco, em que se observa as nuances pouco contrastadas das paixões em evolução, sempre condenadas. Seus poderosos filmes de guerra, embora realistas, centram-se na terrível erosão dos valores internos de seus personagens em detrimento das questões mais universais da guerra. 

Programação:

3/9 (terça-feira):

  • Mulheres no Front, 16h
  • A Moça com a Valise, 19h30

4/9 (quarta-feira):

  • 16h: Verão Violento
  • 19h: Deserto dos Tártaros

5/9 (quinta-feira):

  •  17h: Dois Destinos
  • 19h30: Mulheres no Front

6/9 (sexta-feira):

  • 16h: Deserto dos Tártaros
  • 19h30: Primeira Noite de Tranquilidade

7/9 (sábado):

  • 17h: Dois Destinos
  • 19h30: A Moça com a Valise

8/9 (domingo):

  • 16h: Primeira Noite de Tranquilidade
  • 19h30: Verão Violento

Primeira Noite de Tranquilidade

Mulheres no Front

A Moça com a Valise

Dois Destinos

Deserto dos Tártaros

Verão Violento

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