03 a 30/12/23, na Spcine Play
16 a 23/01/24, na sala Spcine Lima Barreto
- Confira a programação completa
- Classificação indicativa: 16 anos
- Grátis
- Para a programação presencial, ingressos podem ser retirados na bilheteria 1 hora antes
- É recomendado o uso de máscara
O termo olhar feminino é complexo e reacionário. Não existe uma definição exata, e qualquer tentativa de defini-lo pode soar simplista e incompleto. Por isso, a melhor maneira de entendê-lo é olhando para o seu oposto: o olhar masculino. O termo olhar masculino foi ressignificado por Laura Mulvey em 1975, que o definiu como o ponto de vista de quem olha para as mulheres como objetos passivos.
Enquanto o olhar feminino é pensado para desconstruir as ideias e as convenções por trás do já estabelecido olhar masculino, os dois não são opostos. O olhar feminino não objetifica o homem, mas o representa de forma mais realista, sob a luz complexa do sentir e entender, mais do que apenas olhar.
Cèline Sciamma, diretora de “Retrato de uma jovem em chamas”, acredita que “o olhar feminino trata principalmente de compartilhar a experiência da personagem e ter um olhar muito ativo, porque quando as mulheres são objetificadas, o olhar é sempre reativo.”
No cinema não faltam diretores homens que se arriscam a explorar a feminilidade, seja de maneira mais realista e complexa, ou abusando de estereótipos. Mas é na contramão de um cinema dominado por este olhar que as diretoras buscam explorar em protagonistas masculinos a sua visão humanizada destes personagens. São olhares que fogem das convenções e do que se espera de comportamentos padronizados, e buscam, de maneira mais poética ou realista, humanizar para além da superficialidade.
A mostra Vendo Você me Vendo, o olhar feminino no cinema traz uma série de títulosque exploram a performance e a sensibilidade masculina através do olhar feminino que subverte a relação destes corpos difundida na mídia.
CLIQUE PARA ASSISTIR AOS FILMES DISPONÍVEIS NA SPCINE PLAY (até 30/12/23)

Western, de Valeska Grisebach
Alemanha/Áustria, 2017, 121 min, Digital/DCP
Elenco: Meinhard Neumann, Reinhardt Wetrek, Syuleyman Alilov Letifov, Veneta Fragnova
Sinopse: “Western” é um drama sutil que segue um grupo de trabalhadores alemães em um local de construção na Bulgária. Meinhard, interpretado por Meinhard Neumann, é um dos trabalhadores alemães que começa a interagir com os moradores locais. O filme examina as complexidades das relações interculturais, explorando as tensões e a comunicação não dita entre os trabalhadores estrangeiros e a comunidade local.

Você nunca esteve realmente aqui, de Lynne Ramsay
We Were Never Really Here, Estados Unidos, 2017, 89 min, 18 anos
Elenco: Joaquin Phoenix, Ekaterina Samsonov, Alessandro Nivola
Sinopse: “We Were Never Really Here” segue Joe, um veterano traumatizado interpretado por Joaquin Phoenix, que é contratado para resgatar uma jovem desaparecida presa em uma rede de tráfico sexual. Enquanto ele mergulha profundamente no submundo sombrio da cidade de Nova York, ele enfrenta seus próprios demônios internos. O filme é uma exploração brutal e intensa da violência, redenção e empatia.

Para Ellen, de So Yong Kim
For Ellen, Estados Unidos, 2012, 94 min, 16 anos
Elenco: Paul Dano, Jon Heder, Jena Malone, Margarita Levieva
Sinopse: “For Ellen” segue a história de Joby Taylor, interpretado por Paul Dano, um músico em uma encruzilhada em sua carreira e vida pessoal. Quando ele viaja para encontrar sua filha Ellen, ele enfrenta um dilema emocional entre suas ambições musicais e seu papel como pai ausente. O filme explora temas de responsabilidade, arrependimento e reconciliação.

Bom Trabalho, de Claire Denis
Beau Travail, França, 1999, 92 min, 14 anos
Elenco: Denis Lavant, Michel Subor, Grégoire Colin
Sinopse: “Beau Travail” é uma obra-prima cinematográfica que explora a dinâmica complexa e intensa entre os membros de uma unidade de legionários estrangeiros estacionada em Djibouti. O filme segue o sargento Galoup, interpretado por Denis Lavant, cuja rígida disciplina é desafiada pela chegada de Sentain, interpretado por Grégoire Colin. Através de uma narrativa visualmente rica, Denis examina a masculinidade, a solidão e a tensão reprimida em um ambiente militar isolado.
PROGRAMAÇÃO E FILMES SALA SPCINE LIMA BARRETO
16/01
15h – Vendo vc me Vendo – Ângela (99)
17h – Vendo vc me Vendo – Marcas da Vida (113)
19h30 – Vendo vc me Vendo – Psicopata Americano (102)
17/01
15h30 – Vendo vc me Vendo – A Falta que me Faz (80)
17h30 – Vendo vc me Vendo – Bom Trabalho (92)
19h30 – Vendo vc me Vendo – Western (121)
18/01
15h30 – Vendo vc me Vendo – Aboio (70)
17h10 – Vendo vc me Vendo – Deixa a Luz do Sol Entrar (94)
19h15 – Vendo vc me Vendo – A Ilha de Bergman (113)
19/01
15h30 – Vendo vc me Vendo – O Estranho que nós amamos (93)
17h30 – Vendo vc me Vendo – A Ilha de Bergman (113)
19h15 – Vendo vc me Vendo – Em Carne Viva (119)
20/01
19h40 – Vendo vc me Vendo – Marcas da Vida (113)
21/01
15h – Vendo vc me Vendo – Western (121)
17h30 – Vendo vc me Vendo – Em Carne Viva (119)
20h – Vendo vc me Vendo – Aboio (70)
23/01
15h10 – Vendo vc me Vendo – Deixa a Luz do Sol Entrar (94)
17h15 – Vendo vc me Vendo – Bom Trabalho (92)
19h30 – Vendo vc me Vendo – A Falta que me Faz (80)

A Falta que me faz, de Marília Rocha
Brasil, 1999, 80 min, 16 anos, 35mm
Elenco: Alessandra Ribeiro, Priscila Rodrigues, Shirlene Rodrigues Ribeiro
Sinopse: Em uma cidade rodeada pela Cordilheira do Espinhaço, quatro meninas vivem o final de sua adolescência. Durante a semana, elas vivem dias de amizade, angústias e contradições, sendo que nos finais de semana se encontram nas festas de forró locais.

Aboio, de Marília Rocha
Brasil, 2007, 70 min, 35mm
Sinopse: Filmado em Pernambuco, Bahia e Minas Gerais, o documentário relata um costume dos sertões brasileiros: o aboio. Percorrendo o interior do país, o longa acompanha a jornada dos últimos cultores fiéis ao canto de trabalho.

A ilha de Bergman, de Mia Hansen-Løve
Bergman Island, França, 2022, 113 min, 14 anos
Elenco: Vicky Krieps, Tim Roth, Mia Wasikowska
Sinopse: Dois cineastas americanos isolam-se na ilha de Fårö durante o verão e esperam encontrar inspiração onde Bergman filmou seus filmes mais célebres. Com o passar dos dias, os limites entre a fantasia e a realidade começam a se confundir e o casal se separa.

Angela, de Rebecca Miller
Estados Unidos, 1995, 99 min, 16 anos
Elenco: Miranda Stuart Rhyne, Anna Thomson, John Ventimiglia
Sinopse: “Angela” é um drama dirigido por Rebecca Miller que explora a vida de uma jovem chamada Angela, interpretada por Miranda Stuart Rhyne. Angela é uma adolescente introspectiva e criativa que se sente deslocada em sua família disfuncional. O filme segue sua jornada de autodescoberta enquanto enfrenta desafios pessoais, lida com questões familiares complexas e tenta encontrar seu lugar no mundo.

Marcas da Vida, de Andrea Arnold
Red Road, 2009, Reino Unido, 113 min, 16 anos
Elenco: Kate Dickie, Nathalie Press, Martin Compston
Sinopse: Jackie (Kate Dickie) trabalha como operadora dos circuitos de câmera de segurança na periferia de Glasgow. Todo dia ela foca sua atenção em um pedaço deste mundo, protegendo a todos que vivem sob seu olhar. Até que um dia um homem chamado Clyde (Tony Curran) surge em seu monitor. Jackie acreditava que jamais o veria novamente e, sem escolha, é obrigada a confrontá-lo. Só que isto faz com que ela deixe de ser uma espectadora passiva para se tornar a protagonista da história que acompanhava.

O Estranho que nós amamos, de Sofia Coppola
The Beguiled, 2017, Estados Unidos, 93 min, 14 anos
Elenco: Colin Farrell, Nicole Kidman, Kirsten Dunst
Sinopse: Virginia, 1864, três anos após o início da Guerra Civil. John McBurney (Colin Farrell) é um cabo da União que, ferido em combate, é encontrado em um bosque pela jovem Amy (Oona Laurence). Ela o leva para a casa onde mora, um internato de mulheres gerenciado por Martha Farnsworth (Nicole Kidman). Lá, elas decidem cuidá-lo para que, após se recuperar, seja entregue às autoridades. Só que, aos poucos, cada uma delas demonstra interesses e desejos pelo homem da casa, especialmente Edwina (Kirsten Dunst) e Alicia (Elle Fanning).

Em carne viva, de Jane Campion
In the Cut, Estados Unidos, 2003, 119 min, 18 anos
Elenco: Meg Ryan, Mark Ruffalo, Jennifer Jason Leigh
Sinopse: “In the Cut” é um thriller erótico dirigido por Jane Campion, baseado no romance homônimo de Susanna Moore. O filme segue a história de Frannie Avery, interpretada por Meg Ryan, uma professora que se envolve em um relacionamento intenso e perigoso com um detetive investigando um assassinato brutal em sua vizinhança. Enquanto o mistério se desenrola, Frannie é atraída para um mundo de desejo, segredos e violência, forçando-a a confrontar suas próprias vulnerabilidades.

Deixe a luz do sol entrar, de Claire Denis
Let the Sunshine In, 2017, França, Bélgica, 94 min, 16 anos
Elenco: Juliette Binoche, Xavier Beauvois, Philippe Katerine
Sinopse: “Let the Sunshine In” (em francês, “Un beau soleil intérieur”) é um drama romântico dirigido por Claire Denis. O filme conta a história de Isabelle, uma artista parisiense divorciada, que está em busca do amor verdadeiro. Ao longo do caminho, ela se envolve em uma série de relacionamentos complexos e muitas vezes frustrantes. O filme explora as nuances dos encontros amorosos na vida de uma mulher madura, revelando as alegrias e as dores de amar e ser amado.

Psicopata Americano, de Mary Harron
American Psycho, Estados Unidos, 2000, 102 min, 18 anos
Elenco: Christian Bale, Willem Dafoe, Jared Leto
Sinopse: “Psicopata Americano” é um thriller psicológico dirigido por Mary Harron, baseado no livro homônimo de Bret Easton Ellis. O filme segue a vida de Patrick Bateman, um jovem e bem-sucedido executivo de Wall Street que, por trás de sua fachada de normalidade, esconde um terrível segredo: ele é um assassino em série. Enquanto Bateman mergulha mais fundo em sua psicose, o filme questiona a natureza da realidade e da identidade, explorando os limites da sanidade e da moralidade.