A curadoria de dança do CCSP convida coreógrafas(os) a comporem uma obra sobre seus modos de criação, seus entendimentos de dança, suas referências, suas matérias-primas e seus trânsitos. Um registro visual como desdobramento de seu próprio processo criativo, do que se constitui a sua criação e seu modo de produção. Cada qual usará o que melhor lhe traduzir. Cada qual é único. É memorial e legado num modo não convencional. Trata-se menos de apresentar um repertório, mas de pensar legado como futuro e arquivo poético.
Na quinta edição do Caderno de Artista, o artista Eduardo Fukushima apresenta a obra Diário de Movimento:
Diário de Movimento
Num exercício de redescoberta, Fukushima escavou de seus arquivos e HDs 28 registros de danças e coreografias, rascunhos de ensaios e apresentações do passado – a maioria deles gravados sem a pretensão de serem exibição. O artista encontrou naquelas imagens uma manifestação do movimento na sua crueza, como linguagem de gestos e movimentos que permanecem, desaparecem e transformam. O resultado desse mergulho arqueológico é o Diário de Movimento, obra tratada no vídeo.
Eduardo Fukushima
Nascido e crescido em São Paulo, Eduardo atua como coreógrafo, dançarino e praticante-pesquisador de práticas corporais chinesas e japonesas. Contemplado pelas premiações Rumos Dança Itaú Cultural 2009-2010, Rolex Mentor&Protégé Arts Initiative 2012-2013, Prêmio Denilto Gomes 2014 e Funarte Klauss Vianna 2014, Fukushima atualmente colabora com as artistas Beatriz Sano, Júlia Rocha, Isabel R. Monteiro, Hideki Matuka, Miguel Caldas e Rodolphe Alexis.
Agradecimentos especiais aos músicos que me acompanharam nessa trajetória: Felipe Ribeiro, Jonh Cage e Tom Monteiro.