O que seria desta mídia tão pessoal quanto antiga, a carta, se usada hoje, tempo da comunicação instantânea em que o pensamento fabulado já não espera, suspenso, pela resposta? E o que seria imaginar cartas para destinatários de outras épocas, a partir do presente? Foi o que o Centro Cultural São Paulo propôs a treze dramaturgos e dramaturgas. Provocamos que escrevessem estas crônicas fora da ordem - meio ficcionais, meio reais - a qualquer outro autor ou autora, à escolha, de qualquer época. Para que pudessem ser compartilhadas, pedimos que as lessem em vídeo. E então colhemos estas treze vídeo-cartas em que eles e elas iluminam circunstâncias, formas de empatia, de influência. Diálogos imaginados, um panorama afetivo sobre os impasses da criação e da vida no passado e no presente.