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  • Quinta, às 19h
  • Sala Adoniran Barbosa
  • Classificação indicativa: livre
  • Grátis
  • Retirada de ingressos 2h antes da programação, apenas na bilheteria física do CCSP

Neste show, Sandra Pêra cerze com leveza e boa prosa algumas densas canções, como se
apresentasse um roteiro de dramaturgia – bem ao estilo do cancioneiro do compositor. O encadeamento do show com cerca de 17 obras, passeia pelo repertório do álbum com dramaticidade sob medida, como é comum às (grandes) atrizes. Da obra de Belchior, de quem foi amiga pessoal, ela pinçou clássicos como “Paralelas”, “Medo de avião”, “Todo Sujo de Batom”, “A palo seco”, “Velha roupa colorida”, “Mucuripe”, “Galos, noites e quintais” e a incensada canção “Sujeito de Sorte”, que traz o potente e reverberado verso “Ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro”, de autoriado repentista paraibano Zé Limeira, absorvido na canção de Belchior.
O repertório foi concebido com a presença de outros compositores clássicos da música brasileira, tal qual Gonzaguinha (Eu apenas queria que você soubesse), Fernando Lobo (Chuvas de verão), Dominguinhos – em rara parceria com Djavan (Retratos da vida)e também composições recentes de Marisa Monte E Araldo Antunes (Não vá embora), Somente Nela (Moska), além de uma canção autoral em parceria com Guilherme Lamounier (Se pode criar). “Sandra Pêra em Belchior” é o segundo álbum solo da artista, que volta aos discos após um hiato de 38 anos sem gravar. Dos palcos, no entanto, ela jamais se afastou desde os anos 1970, quando se tornou nacionalmente conhecida como integrante do grupo As Frenéticas. Seguiu fazendo espetáculos teatrais, além de televisão e cinema. Sandra Pêra retorna uma vez mais ao palco, que é o seu lugar. Desta vez para nos fazer cantar.

Participante: Sandra Pêra

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